Comissão de Saúde da Assembleia vai apurar denúncias contra Apae
Paulo Siufi marcou uma visita à sede da entidade na sexta-feira
A Comissão de Saúde da Assembleia vai apurar denúncias contra a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que foram apresentadas por mães de alunos, atendidos na entidade. Foi marcada uma visita do grupo a sede da instituição, na sexta-feira (09), a partir das 14h. Não está descartado um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Um grupo de mães foram hoje (07) até a Assembleia Legislativa, reclamar aos deputados, sobre a Apae de Campo Grande, em relação ao mau atendimento na unidade, falta de qualidade em próteses e cadeiras de rodas enviadas aos filhos, assim como exigir mais transparência em relação a destinação de recursos, advindos do poder público, por meio de convênios.
Graziane Farias, de 36 anos, usou a tribuna do legislativo para contar a história de seu filho, Antônio Farias, 11, que segundo ela, recebeu uma cadeira de rodas que provocou uma lesão em seu quadril. "Não vim criticar ou brigar com a entidade e sim pedir qualidade de vida aos nossos filhos, exigir cadeira adequada e de qualidade".
O deputado Paulo Siufi (PMDB), presidente da comissão de saúde, marcou a visita a unidade na próxima sexta-feira (9), para conferir "in loco" as denúncias apresentadas, assim como requisitar informações sobre os recursos, provenientes de convênio com o governo federal e estadual, assim como municipal.
"Vamos pedir os devidos esclarecimentos e verificar se as denúncias procedem, se sairmos satisfeitos vamos esperar uma audiência pública para discutir o tema, mas se não tivermos respostas, podemos na semana que vem propor uma CPI", disse o peemedebista.
Defesa - Um outro grupo de mães também foi a Assembleia, expor outro lado e defender a entidade da acusações, alegando que seus filhos são bem atendidos e assistidos. "Minha filha foi encaminhada para Apae e sempre foi bem atendida, com especialistas a disposição, não posso reclamar, o serviço sempre foi de qualidade", disse Maria de Souza Ferreira.
Ela ainda ressaltou que sua filha sempre teve todos os atendimentos disponíveis e que em função das críticas, o melhor era tentar resolver com a direção. "Posso contar a minha história e dizer que não tenho do que reclamar e sim gratidão pela Apae. Todas as vezes que ficava insatisfeita com algo, buscava o diálogo e resolvia".
Outro Lado - A Coordenação do Centro Especializado em Reabilitação da Apae informou ao Campo Grande News que está a disposição dos deputados para esclarecer qualquer dúvida sobre as críticas feitas a entidade e que todos os recursos destinados aparecem no Portal de Transparência dos órgãos públicos e que a instituição faz prestação de contas e auditoria anual.
Também ponderou que a entidade possui funcionários qualificados e especializados disponíveis aos pacientes, com atendimento de qualidade. Sobre as críticas em relação a cadeiras de rodas e próteses, informou que trabalha com modelos de qualidade e com as devidas adaptações se for necessário, mas que não pode extrapolar o valor estabelecido na tabela SUS (Sistema Único de Saúde).