Comissão vai ao MPE para resolver "colapso" no tratamento de câncer
Reunião na Assembleia Legislativa discutiu os problemas de atendimento dos pacientes de oncologia em Dourados.
A Comissão de Assistência Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul vai ao Ministério Público para tentar resolver o "caos" no atendimento a pacientes com câncer na região de Dourados, município a 233 km de Campo Grande.
Em reunião liderada pelo presidente da comissão, deputado João Grandão (PT), ficou definido que no prazo de 15 dias será marcado um encontro com representantes do Ministério Público Estadual e Federal para tentar chegar a um acordo para o atendimento de pacientes da oncologia.
A cidade é referência para outros 32 municípios no atendimento de média e alta complexidade através do SUS (Sistema Único de Saúde). Entretanto, depois que o município e o Hospital Evangélico romperam o contrato de prestação de serviços de oncologia, a prefeitura contratou outros dois prestadores de serviço.
O Hospital da Cassems, ainda está dentro do prazo de 180 dias previsto no edital para se adequar e começar a atender os pacientes. Enquanto isso, a prefeitura improvisou atendimento no Hospital Vida, onde a situação não é nada animadora.
Conforme o presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Dourados, Pedro Pepa (DEM), hoje há um verdadeiro "colapso" na oncologia do município. "A estrutura disponibilizada pelo Hospital da Vida não atende as necessidades da população", afirmou."Cabe a nós resolver achar uma solução e resolver esse caos".
Além do encontro com o Ministério Público, serão convocados representantes da Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de Dourados para tentar resolver o impasse.
Também serão enviados requerimentos à Cassems para que informe se há possibilidade de atendimento em até seis meses dos pacientes com câncer, para o Governo do Estado solicitando informações sobre a paralisação do Conselho Estadual de Saúde.
A comissão quer saber também como foi a decisão de homologar o resultado da licitação em que saíram vencedores o Centro de Tratamento de Câncer de Dourados e o Hospital da Cassems, mesmo com este não tendo condições de fazer o atendimento.
“Estamos lidando com um assunto delicado, porque vidas estão envolvidas. Nossa intenção não é resolver todos os problemas, mas realizar os encaminhamentos que apresentem resultados possíveis”, defendeu João Grandão.