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Política

Congresso recebe proposta da LDO 2023 com aumento de R$ 82 no salário mínimo

Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias precisa ser aprovado pelo Legislativo até julho

Gabriela Couto | 24/04/2022 15:10
Plenário do Senado Federal. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Plenário do Senado Federal. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023 (PLN 5/2022) entregue ao Congresso Nacional prevê um aumento de R$ 82 no salário mínimo. Segundo o Consultor Legislativo em Orçamento, Otávio Gondim, esse valor poderá ser revisto ao citar novas projeções da inflação.

A peça elaborada pelo governo federal prevê um salário mínimo de R$ 1.294 para o ano que vem, de R$ 1.337 para 2024 e de R$ 1.378 para 2025. Atualmente o valor é de R$ 1.212.

O documento traz ainda outros dados macroeconômicos, prevendo, por exemplo, crescimento da economia de 2,5% (produto interno bruto) e inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 3,3%. Para 2022, na última revisão feita no fim de março, o Banco Central previu que a alta nos preços no Brasil chegará a 7,1%.

Conforme o projeto, o governo estima fechar o ano novamente no vermelho, com déficit primário de R$ 65,9 bilhões.  Trata-se de uma redução em relação a 2022, que tem previsão de déficit de R$ 79,4 bilhões na Lei Orçamentária Anual. Confirmada a previsão, será o décimo ano consecutivo em que as despesas governamentais vão superar as receitas.

A peça orçamentária elenca prioridades que devem ser adotadas pelo governo federal na elaboração do Orçamento  de 2023. O projeto pode sofrer mudanças durante sua votação no Congresso Nacional.

Entenda - Prevista na Constituição de 1988, a LDO define as metas e prioridades da administração pública federal para o próximo exercício, além de orientar a elaboração da LOA (Lei Orçamentária Anual).

A lei contém ainda a estrutura e a organização do Orçamento, regras relativas às transferências de recursos, à dívida pública federal e à política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.

A peça tem que ser aprovada pelos parlamentares até 17 de julho de cada ano; caso contrário, o Congresso não pode entrar em recesso.

O texto do Executivo será enviado agora à CMO (Comissão Mista de Orçamento), onde há discussões, apresentação de emendas e votação de relatórios. Na relatoria, há alternância entre Câmara dos Deputados e Senado. Desta vez, a função caberá a um senador

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