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Política

Dagoberto diz querer André e Delcídio como candidatos ao Senado

Fabiano Arruda e Aline dos Santos | 24/08/2011 10:16

Pedetista esteve nesta manhã na Governadoria e disse também que não quer mais cargo na Eletrobras

Dagoberto deixa Governadoria e garante que não se reuniu com Puccinelli. (Foto: João Garrigó)
Dagoberto deixa Governadoria e garante que não se reuniu com Puccinelli. (Foto: João Garrigó)

O ex-deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) declarou nesta manhã, ao deixar o prédio da Governadoria, que sua aproximação com o governador André Puccinelli (PMDB) não visa as eleições do ano que vem.

Ele afirmou que pretende ver Puccinelli, pelo PMDB, candidato, e Delcídio, no PT, integrando a bancada de Mato Grosso do Sul no Senado.

“Não quero candidatura (a prefeito). Quero André e Delcídio candidatos ao Senado”, comentou sem explicar quem esta articulação poderia beneficiar. Outra questão ininteligível no raciocínio de Dagoberto é que Delcídio estará no meio do mandato de senador, não havendo razão dele postular a reeleição em pleno curso. O que se pode pregar é a permanência de Delcídio em Brasília, mas já está encaminhada a pré-candidatura dele ao governo.

A declaração do pedetista vai à contramão da oficialização dele como pré-candidato do partido a prefeitura de Campo Grande em 2012. O registro foi feito em encontro do PDT na sexta-feira na Capital.

A articulação também vai contra o passado recente de Dagoberto, que subiu no palanque de Zeca do PT na campanha ao governo do Estado no ano passado e foi um dos principais rivais da campanha peemedebista.

Sobre sua ida à Governadoria nesta manhã, Nogueira desconversou. Afirmou que esteve no local apenas para conversar de forma rápida com uma pessoa e que não foi se encontrar com Puccinelli.

O pedetista também falou sobre sua indicação a um cargo na Eletrobras, especulação que vem desde sua derrota ao Senado no ano passado. “Não quero mais (cargo). Demorou demais. Quero ficar no Estado fazendo política”, garantiu.

A presença do governador André Puccinelli na reunião do PDT na sexta-feira e um possível apoio peemedebista à sigla rival gerou polêmica entre aliados e oposição.

Integrantes do PMDB, como o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi, repudiaram com veemência a aliança. O assunto esquentou as discussões ontem na Câmara e na Assembleia Legislativa.

Ontem à noite, em evento da prefeitura da Capital, Puccinelli garantiu que Dagoberto o procurou para oferecer apoio a candidatura do PMDB a prefeito e reafirmou que seu partido terá candidatura própria em Campo Grande.

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