Defesa de ex-deputado nega envolvimento em medições fraudulentas de rodovia
O ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira – o Beto Mariano – chegou às 14 horas de hoje (17), para depor na sede do MPE (Ministério Público Estadual), acompanhado do advogado Hilário Carlos de Oliveira. Mariano não quis falar com a imprensa e, interrogado sobre o silêncio, o advogado disse que “quem não tem nada a dizer não tem nada a falar”, dando a entender que o cliente não tem como colaborar com as investigações, pois não tem envolvimento no caso. Mariano é acusado de participar de esquema que desviou R$ 2,6 milhões da obra de cascalhamento da MS-171, na região de Aquidauana, investigado no âmbito da Operação Lama Asfáltica.
Dentro das dependências do MPE, a defesa de Mariano disse à imprensa que o pouco que sabe sobre as investigações veio por meio da imprensa. “Primeiro é necessário se informar do motivo da acusação”, relatou Oliveira.
As investigações do MPE apontam ainda que a filha de Beto Mariano seria sócia de Edson Giroto, apontado como principal articulador do esquema de desvio de dinheiro público, em uma fazenda na região de Rio Negro. A defesa de Mariano disse que a filha de seu cliente é médica, casada e tem todas as condições de gerir os seus negócios. “Não tem como fazer relação de uma coisa com outra”, pontuou Oliveira.
O advogado disse que seu cliente é um simples técnico e que quem fazia as medições que o MPE investiga era sempre um substituto.
Também serão ouvidos o ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, o empresário João Alberto Krampe Amorim; a sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os ex-presidentes da Agesul, Maria Wilma Casanova e Wilson Tavares, os engenheiros João Afif Jorge, Maxwell Thomé Gomez (chefe do escritório da Agesul em Coxim), Rômulo Tadeu Menossi (diretor da Proteco) e Donizete Rodrigues da Silveira.