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Política

Defesa pede acesso a processo e recorre para liberar ex-deputado federal

Michel Faustino e Fernando Antunes | 10/11/2015 14:51
Advogado afirma que defesa entrará com pedido de habeas corpus ainda na tarde de hoje e considera prisão desnecessária. (Foto: Fernando Antunes)
Advogado afirma que defesa entrará com pedido de habeas corpus ainda na tarde de hoje e considera prisão desnecessária. (Foto: Fernando Antunes)

A defesa do ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto (PR), está aguardando a homologação da Justiça para ter acesso a fundamentação do pedido de prisão e deve entrar ainda hoje com pedido de habeas corpus. Giroto teve a prisão temporária decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete a pedido do MPE (Ministério Público Estadual). Junto com o empresário João Alberto Krampe Amorim e mais sete pessoas, segundo o Tribunal de Justiça, eles são acusados de integrar uma organização criminosa para fraudar e desviar recursos públicos.

O advogado Valeriano Fontoura, que está em Brasília (DF) explica que, em um primeiro momento, a defesa necessita ter acesso ao processo e saber detalhes sobre a intenção e eventual fundamentação sobre a prisão e só ai poderá definir as medidas necessárias. O advogado ressalta que o pedido já foi encaminhado para Justiça, que deve ser homologado até o fim da tarde.

No entanto, ao deixar a sede do Garras ( Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), onde Giroto está detido desde às 06h da manhã de hoje, o advogado Jail Azambuja, que também representa o ex-secretário, adiantou que a defesa irá entrar com pedido de habeas corpus ainda na tarde hoje.

Azambuja afirmou que o ex-secretário está bastante tranquilo e confiante . O advogado alega que a prisão é desnecessária, tendo em vista que em nenhum momento houve qualquer interferência nas investigações. O que deve ser utilizado como argumento pela defesa.

Giroto foi secretário municipal e estadual de Obras na gestão de André Puccinelli (PMDB). O ex-deputado também é investigado na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, que já constatou desvio de R$ 11 milhões de recursos federais.

Prisões - A prisão temporária dos envolvidos foi decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete a pedido do MPE (Ministério Público Estadual). Segundo o Tribunal de Justiça, o grupo preso integrava uma organização criminosa para fraudar e desviar recursos públicos.

Segundo o Ministério Público, não serão revelados maiores detalhes acerca da investigação. "Nesse momento vamos preservar o sigilo das informações para não atrapalhar as investigações e também preservar as pessoas envolvidas", explicou o promotor de justiça, Tiago Di Giulio Freire.

Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, e cinco engenheiros ligados a Agesul.

O grupo é investigado pela força-tarefa do MPE (Ministério Público Estadual), que apura desvio de dinheiro público na construção de obras de infraestrutura, como pavimentação e revestimento de rodovias. Os presos estão distribuídos entre as delegacias da Defurv, Denar e Derf.

As investigações contam com o apoio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, entre outras Instituições.

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