Delcídio quer “agregação” em MS e acredita que Dilma pode ajudar
A vinda da presidenta Dilma Roussef (PT) a Mato Grosso do Sul pode representar um primeiro passo rumo à agregação de forças políticas que deverão apoiar a sua candidatura à reeleição no ano que vem. Embora PMDB e PT tenham hoje projetos políticos próprios em nível estadual, forças de ambos os partidos têm declarado publicamente a intenção de apoiá-la, até mesmo o governador André Puccinelli. Na segunda-feira, Dilma estará em Campo Grande e a solenidade de entrega de ônibus terá a presença das principais lideranças locais dos dois partidos, inclusive André Puccinelli (PMDB) e o senador Delcídio do Amaral (PT).
Delcídio do Amaral aposta nessa união de forças em torno da candidatura presidencial e, se possível, na disputa pelo governo do Estado. “Sou um cara de agregação. Meu temperamento é de conciliação, mas tem de esperar o tempo certo. As coisas não estão bem definidas nacionalmente”, afirmou o senador petista. “Naturalmente Mato Grosso do Sul vai sofrer reflexos do cenário nacional”, acrescentou.
Por enquanto, Delcídio vê apenas o surgimento de possíveis candidaturas para as eleições do ano que vem no Estado. “Eu coloquei minha pré-candidatura e o PT vai analisar. Tem ainda também nomes de outros partidos, como o Nelsinho, Simone e o Giroto”, avaliou o petista, admitindo ainda que o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) se coloca como opção.
Estrategicamente, o senador Delcídio considera que a prioridade agora é o trabalho parlamentar para trazer obras e investimentos para os municípios de Mato Grosso do Sul. “Temos muita caminhada ainda. Hoje não estou me envolvendo, entrando em debates sobre as eleições do ano que vem. Estou tocando o meu mandato, fazendo o que já tinha programado para 2013”, disse. Também tem se dedicado mais ao trabalho parlamentar no Senado, como o fez agora como relator do projeto de unificação do ICMS na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que aprovou o texto básico na quarta-feira.
Diante da insistência da reportagem em saber sobre possibilidades de aliança com o PMDB no Estado, Delcídio respondeu: “Lhe confesso que estou colocando meu nome, mas é muito cedo para se falar pereptoriamente do rumo que vamos tomar, que aliança nos vamos fazer”.
Questionado se o PT realizará algum ato político, para aproveitar a presença da presidenta Dilma, o senador informou que nada foi programado. “A agenda é só administrativa”, garantiu Delcídio, destacando o fato de que, além dos ônibus do programa “Caminho da Escola”, também serão entregues as máquinas motoniveladoras que conquistou junto com o senador Waldemir Moka (PMDB) e. possivelmente, outras viabilizadas através do Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Quanto a estas últimas depende de logística, mas estamos tentando viabilizar”, informou.
Segundo Delcídio, na Capital, Dilma também tem assinará vários convênios com a Prefeitura de Campo Grande referentes ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “São mais de R$ 60 milhões de infra-estrutura urbana em Campo Grande”, revelou.