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Política

Denunciada articulação em Paranaíba para proteger Tita da renúncia

Zemil Rocha | 12/04/2013 20:12
Vereador Paulo Henrique não quer ser presidente da Câmara para servir Tita (Foto: Facebook)
Vereador Paulo Henrique não quer ser presidente da Câmara para servir Tita (Foto: Facebook)

Articulação política envolvendo a Câmara Municipal de Paranaíba para proteger Diogo Tita (PPS), a fim de que assuma a Prefeitura só quando tiver segurança jurídica de que a decisão que cassou o mandato de José Garcia de Freitas, o Zé Braquiária (PDT), é realmente definitiva, revoltou os vereadores que integravam a base de sustentação do pedetista. Como ainda há possibilidade de Braquiária recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tita estaria costurando um acordo, a fim de que o presidente da Câmara assumisse interinamente a prefeitura, para não precisar renunciar ao cargo de deputado estadual neste momento, antes de a cassação do pedetista transitar em julgado, ou seja, tornar-se inalterável por recurso.

O atual vice-presidente da Câmara de Paranaíba, Paulo Henrique Soares (PDT), denunciou a manobra atribuída por ele a Tita. “Me chamaram hoje para uma reunião às 15 horas e propuseram que o atual presidente da Câmara assuma o cargo e prefeito e eu fique como presidente da Câmara”, afirmou Soares.

Indagado como poderia ser possível que a decisão judicial que cassou Braquiária e determinou que o segundo colocado, autor da ação, deputado Diogo Tita, assuma a vaga poderia ser “driblada”, Paulo Henrique Soares não soube responder. “Não sei como eles vão fazer. Mas querem nos fazer de palhaços, que o presidente da Câmara assuma a Prefeitura para que o Tita não corra risco, porque para ser prefeito ele tem de renunciar ao mandato de deputado estadual”, declarou ele. Segundo Soares, o presidente da Câmara, vereador Paulo Borges (PPS), é aliado de Tita. “Eu não vou virar presidente de Câmara por seis dias por vontade deles. Não quero ser usado”, declarou o vice-presidente da Câmara.

À imprensa, Tita tem dito que espera decisão da Justiça ser publicada para que possa assumir o cargo de prefeito de Paranaíba, já ocupado por ele em outras gestões. O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ainda terá que marcar data para diplomar Tita, após a publicação do acórdão. A cassação de Baquiária foi decidida ontem.

Braquiária foi cassado porque, como prefeito candidato à reeleição, utilizou o site da prefeitura para fazer propaganda irregular e por ter distribuído uma revista durante período não autorizado pela Justiça Eleitoral para se fazer campanha. Zé Braquiária foi eleito com 10.463 votos, enquanto Tita obteve 8.896 votos. Como Braquiária não houve mais de 50% dos votos não há necessidade de nova eleição. O segundo colocado assume para cumprir o restante do mandato.

Se deixar a vaga na Assembleia Legislativa, Tita será substituído pelo ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti, Osvane Ramos (PTdoB).

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