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Política

Denunciado não significa culpado, diz Reinaldo sobre Coffee Break

MPE indicou o envolvimento de 24 pessoas no suposto esquema para tirar Bernal da Prefeitura

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 01/06/2016 10:17
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), em evento na Assembleia Legislativa de MS. (Foto: Fernando Antunes)
Governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), em evento na Assembleia Legislativa de MS. (Foto: Fernando Antunes)

A denúncia do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) sobre o envolvimento de 24 pessoas em um suposto esquema para cassação de Alcides Bernal (PP), em 2014, não significa que todos são culpados, disse o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta quarta-feira (1º). Ele participou de evento em comemoração a Semana do Leite, na Assembleia Legislativa.

“Todos têm direito a defesa e contraditório”, disse. Aproveitou para dizer que muitos falavam que a vice-governadora Rose Modesto (PSDB) estaria na denúncia, “mas o MPE isentou esta responsabilidade”. Para ele, na denúncia, é possível “ver com muita certeza” que não há nenhuma relação da vice com qualquer esquema de fraude e corrupção para tirar o prefeito. Rose era vereadora na ocasião da cassação, em 2014, e fazia oposição a Bernal.

Reinaldo também argumentou que, quando se discute espaço político em uma eventual administração pública “é normal articulação política”, mas, no relatório, a situação foi apresentada como uma “armação”. “Isto é relativo e perigoso. Acabamos de ver o presidente Michel Temer (PMDB) fazer uma grande composição política nos ministérios. Todo governo tem sua composição de partidos, não significa que está fazendo algo errado”. Lembrou, ainda, que, quando foi prefeito, foi alvo de inquéritos do MPE, "todos arquivados". 

Agora, acrescenta, é aguardar o julgamento final pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a quem foi entregue a denúncia, para saber as possíveis condenações e punições. Ainda sobre a vice-governadora, que é pré-candidata na Capital, Azambuja afirmou que, durante a campanha, o assunto pode gerar debate político. “Mas, o PSDB quer discutir a melhor gestão para Campo Grande”.

Denúncia – Um grupo de 24 pessoas investigado na Operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do MPE, foi denunciado pelo MPE por associação criminosa, corrupção ativa e passiva. Alguns dos nomes podem responder por dois tipos de crime. Na lista, estão o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o ex-prefeito da Capital, Nelson Trad Filho (PTB), vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte, 13 vereadores, empresários e pessoas ligadas a outros setores.

A petição foi entregue no início da tarde ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e caberá ao desembargador que cuidará do caso decidir se aceita ou não a denúncia. Em caso positivo, os investigados se tornam réus. A denúncia tem 361 páginas.

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