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Política

Coffee Break denuncia 24 políticos e empresários por corrupção

Paulo Yafusso e Michel Faustino | 31/05/2016 16:29

Grupo de 24 investigados na Operação Coffee Break foi denunciado nesta terça-feira (31), pela PGJ (Procuradoria-geral de Justiça), por envolvimento no suposto esquema para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em 2014.

Alguns deles responderão por dois tipos de crimes, associação criminosa e corrupção. A petição foi entregue no início da tarde ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e caberá ao desembargador que cuidará do caso decidir se aceita ou não a denúncia. Em caso positivo, os investigados se tornam réus. A denúncia tem 361 páginas.

No grupo “associação criminosa” estão aqueles que teriam organizado e planejando as ações para que o esquema para a cassação do prefeito desse certo. Já os que foram denunciados por “corrupção ativa” seriam os responsáveis pelo trabalho a campo, de conversar com os vereadores para convencê-los a votar pelo afastamento de Alcides Bernal. Para isso, teriam oferecido aos políticos vantagens financeiras e cargos na administração do vice-prefeito Gilmar Olarte, caso ele assumisse a Prefeitura.

Já os vereadores foram denunciados por “corrupção passiva”, por terem aceito as vantagens para votar pela cassação de Bernal. Na sessão do dia 12 de março de 2014, dos 29 vereadores apenas 6 votaram contra o afastamento do prefeito – os outros 23 foram favoráveis. Alcides Bernal acabou sendo cassado e retornou ao cargo no dia 25 de agosto do ano passado, no mesmo dia em que foi deflagrada a Operação Coffee Break. 

As informações foram divulgadas pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Passos. Segundo ele, as investigações tiveram início a partir do compartilhamento de informações da Operação Lama Asfáltica, realizada no dia 9 de julho do ano passado pela Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União), Receita Federal e MPF (Ministério Público Federal).

Segundo Paulo Passos, as investigações deixaram claras que houve um “conluio e conjungação de esforços” para a cassação do prefeito Alcides Bernal, envolvendo políticos, vereadores e empresários. Os vereadores teriam sido cooptados a votarem pela cassação, recebendo em troca dinheiro e cargos na Prefeitura.

A lista é liderada pelos empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos, João Baird, o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o vice-prefeito da Capital, Gilmar Olarte (Pros), e 14 vereadores. Veja a relação completa abaixo:

DENUNCIADOS NA COFFEE BREAK
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA:
• Gilmar Olarte - vice-prefeito
• João Amorim - empresário
• João Baird - empresário
• Mario Cesar - vereador
• Fábio Machinsky - empresário
• Airton Saraiva - vereador
• Flávio César - vereador
• André Puccinelli - ex-governador
• Nelson Trad Filho - ex-prefeito
• Luiz Pedro Guimarães - empresário
• Raimundo Nonato de Carvalho - empresário
• André Scaff - procurador da Câmara
• Carlos Naegele - empresário
CORRUPÇÃO ATIVA:
• Gilmar Olarte
• João Amorim
• João Baird
• Mario Cesar
• Fábio Machinsky
• Airton Saraiva
• Flávio César
CORRUPÇÃO PASSIVA:
• Edil Albuquerque - vereador
• Carlos Borges (Carlão) - vereador
• Edson Shimabukuro - vereador
• Gilmar da Cruz - vereador
• Eduardo Romero - vereador
• Jamal Salém - vereador
• João Rocha - vereador
• Alceu Bueno - ex-vereador
• Otávio Trad - vereador
• Paulo Siufi - vereador
• Waldeci (Chocolate) - vereador

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