Deputado gastou R$ 90 mil com aluguéis de imóveis em 4 cidades
Com conta parlamentar, Renato Câmara (MDB) banca escritórios de “apoio” em Dourados, Ivinhema, Jardim e Juti
Apesar de não contar com o benefício de auxílio moradia, o deputado estadual Renato Câmara (MDB) utiliza a CEAP (Cota para Exercício da Atividade Parlamentar), prevista na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), para bancar aluguéis de “escritórios de apoio” em 4 municípios do Estado.
De acordo com o artigo 2º do Ato nº 52, de 01 de outubro de 2019, da Mesa Diretora da Assembleia, a cota extra poderá ser utilizada para custear diversas despesas, entre elas “manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar”. Utilizando esse dispositivo, o emedebista gastou R$ 91.678,50 durante o atual mandato com alugueis em Dourados, Ivinhema, Jardim e Juti.
Conforme extratos e recibos disponíveis no portal de transparência da Casa de Leis, os aluguéis variam entre R$ 500 e R$ 4.592,36. Além disso, os recibos apontam pagamentos de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), energia elétrica e contas telefônicas utilizadas nos escritórios de apoio do parlamentar.
Entre os imóveis alugados por Renato Câmara estão: sala comercial localizada na Rua Doutor Nelson de Araújo, em Dourados; imóvel na Rua Antônio Soares Branquinho, em Ivinhema; sala comercia na Avenida Duque de Caxias, em Jardim, e sala comercial na Rua Goiás, em Juti.
Em janeiro, o Campo Grande News revelou prática semelhante utilizada por deputados estaduais. Na oportunidade, Gleice Jane Barbosa (PT), Lia Nogueira (PSDB) e Neno Razuk (PL), todos de Dourados, utilizaram a CEAP (Cota para Exercício da Atividade Parlamentar para pagamento de aluguel).
O deputado afirma que os escritórios ficam em cidades onde ele tem assessores parlamentares. "Tem meu escritório em Dourados por exemplo que fica tocando meu mandato, tem meus assessores, eu faço atendimento, faço reuniões, deixo encaminhado. Lá em Ivinhema a mesma coisa. Essa é uma prerrogativa para o assessor parlamentar ter um local que dê para atender e fazer seu trabalho de representatividade do deputado".
Ele afirma ainda que fechou o escritório em Juti, em fevereiro deste ano. "Tem deputados que investem esses valores em redes sociais, eu invisto no presencial", justifica, explicando que mantém um funcionário em Jardim, três em Ivinhema e oito em Dourados, onde estão suas bases eleitorais.
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