Deputado pede fim de “greve branca” de policiais que cobram reajuste
Policiais civis esperam do Executivo definição de prazos para elevar salários
Com o início da operação Cumpra-se a Lei, por parte de policiais civis, como forma de reivindicar do Executivo Estadual um cronograma de reajuste salarial, o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) classificou a movimentação como uma “greve branca”. Ele ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa esta manhã para defender que o Governo não dispõe de meios de aplicar o reajuste pretendido e defendeu como solução aceitar a proposta de incorporação de auxílio alimentação.
O benefício tem valor de R$ 400 e, segundo Caravina, sendo incorporado à remuneração traria ganhos reais de até 5% para ativos e até 8% para aposentados. Alguns acompanhavam a sessão, na plateia, e concordaram com o parlamentar, que é da Polícia Civil, delegado, tendo atuado como secretário no ano passado.
Os policiais civis cobram reajuste de 18%, que seria o necessário para cumprir promessa de elevar a remuneração inicial para a sexta maior do País. Segundo o presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, seria uma promessa feita em 2016, que elevaria o salário inicial, hoje em R$ 5.700,00.
Caravina sustentou que o percentual é impraticável no momento e disse que a movimentação dos policiais prejudica a comunidade. Barbosa informou que a operação prevê, por exemplo, que agentes não fiquem mais de sobreaviso ou extrapolem o horário da jornada ou só compareçam em locais de delito com a presença de um delegado, como forma de pressionar o Governo. O sindicato fez uma cartilha com as ações que eles incluíram no protesto.
O deputado ponderou que o Executivo teria melhores condições a oferecer aos policiais no ano que vem. Como não houve acordo na reunião realizada na semana passada, ainda não há projeto sobre reajuste na Assembleia.
Barbosa explicou que a incorporação dos R$ 400 como única medida foi reprovada pelos policiais civis em assembleia. Ele argumenta que os integrantes da corporação seguem dispostos a dialogar com o governo, até enviaram ofício nesse sentido, mas cobram a apresentação de uma projeção de aplicação de percentuais ao longo do tempo para chegar ao reajuste esperado.