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Política

Deputados adotam discurso de cautela sobre prisão de colega

Zé Teixeira (DEM) foi preso ontem (13), como um dos alvos da Operação Vostok

Leonardo Rocha | 13/09/2018 12:30
Deputados Paulo Siufi (MDB) e José Carlos Barbosa (DEM), durante sessão (Foto: Victor Chileno/ALMS)
Deputados Paulo Siufi (MDB) e José Carlos Barbosa (DEM), durante sessão (Foto: Victor Chileno/ALMS)

Os deputados adotaram um discurso de cautela sobre a prisão do colega de Assembleia, Zé Teixeira (DEM), um dos alvos da Operação Vostok, da Polícia Federal. Eles disseram que o legislativo precisa acompanhar a investigação, mas que não se deve emitir qualquer “juizo de valor” antes do desfecho final de todo processo.

“Se trata de uma questão pessoal do deputado (Zé Teixeira), que não teve haver com sua atividade parlamentar e que na minha concepção precisa ser acompanhada pelo legislativo”, disse Márcio Fernandes (MDB). Mesma postura adotada por Paulo Siufi (MDB), que entende que qualquer avaliação neste momento seria precoce.

“Nesta situação sou sempre pé no chão, não se pode tecer comentário sem analisar tudo que ocorreu, tendo uma avaliação intempestiva. Todos têm direito a defesa e resta a Assembleia apenas acompanhar, adotando uma postura independente”, disse Siufi.

Para José Carlos Barbosa (DEM) além de acompanhar, o legislativo poderia até prestar apoio ao parlamentar que está preso. “Se trata de uma prisão temporária que entendo como desnecessária. Sempre defendo o princípio que a prisão só deve ocorrer com sentença condenatória, não no período investigatório”.

O presidente da Assembleia, Junior Mochi (MDB), também mencionou que não se deve “tomar decisões equivocadas”, principalmente por se tratar de um processo investigatório. “Não temos conhecimento sobre o caso, a Corregedoria vai solicitar documentação sobre a investigação e depois emitir parecer”.

Prisão – O deputado Zé Teixeira (DEM) foi preso ontem (13), no Hotel Jandaia, em Campo Grande, por ser um dos alvos da Polícia Federal, que investiga o pagamento de propina feita pelo grupo J&F, controladora dos frigoríficos JBS, em troca de incentivos fiscais. O parlamentar teria emitido notas fiscais frias sobre venda de gado.

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