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Política

Deputados articulam a manutenção dos “blocões” na Assembleia em 2018

Tendência, conforme lideranças dos partidos, é de manter as composições partidárias ao redor do PMDB e do PSDB; com quatro deputados, PT segue “isolado”

Humberto Marques e Leonardo Rocha | 07/02/2018 12:26
Rinaldo e Herculano, hoje aliados em blocão liderado pelo PSDB: tendência é de manutenção das atuais composições. (Fotos: Assembleia Legislativa/Divulgação)
Rinaldo e Herculano, hoje aliados em blocão liderado pelo PSDB: tendência é de manutenção das atuais composições. (Fotos: Assembleia Legislativa/Divulgação)

Caso o script seja seguido, o plenário da Assembleia de Mato Grosso do Sul continuará dividido em três blocos parlamentares no último ano da atual legislatura. Lideranças consultadas pelo Campo Grande News confirmaram que a tendência é de manter a configuração dos agrupamentos entre partidos presente até agora e que têm PMDB e PSDB como seus eixos.

O bloco funciona basicamente como um partido –com os parlamentares compartilhando as orientações nas votações. Sua maior funcionalidade diz respeito à formação comissões do Poder Legislativo, que depende do tamanho das bancadas: quanto mais deputados, maior é o espaço que o partido ou bloco terá direito nesses colegiados, formados por cinco deputados e responsáveis pela discussão e alterações de projetos de lei antes de sua chegada ao plenário.

Isoladamente, o PSDB é o maior partido da Assembleia, com sete deputados. Com isso, teria direito à indicação de dois membros em cada comissão. O PMDB vem se sequência, com seis parlamentares, enquanto o PT soma quatro.

O PR tem dois deputados, enquanto PSB, DEM, PEN, PDT e Solidariedade têm um representante cada um –dificultando a representatividade destes últimos nos colegiados. Ao se aliarem a outros partidos, ganham mais chances de garantir espaço nas comissões, além de ajudarem os partidos maiores a ampliarem a hegemonia e a influência nas votações.

Barbosinha confirmou afinidade com tucanos e interesse em se manter em blocão
Barbosinha confirmou afinidade com tucanos e interesse em se manter em blocão

Mapa – Na atual composição, o PSDB lidera o maior blocão, ao lado do PR, SD, DEM e PSB, somando 12 deputados. O PMDB comanda o outro, formado também por PEN e PDT e que totaliza oito parlamentares. Com esses agrupamentos, cada bloco ocupa dois assentos em cada comissão permanente ou temporária, sobrando uma vaga para o PT em cada.

Tal composição deve ser mantida em 2018. Líder do governo na Assembleia, o Professor Rinaldo (PSDB) disse que já houve uma “conversa breve” entre os deputados, “e eles devem manter os partidos nos blocos”. “Com isso, fica mais fácil a indicação de membros para comissões e a formação de grupos de trabalho eventuais, como as CPIs [comissões parlamentares de inquérito]”, destacou.

A tendência para consolidação dos blocões também foi sinalizada por outros deputados “Já houve uma reunião da bancada do PMDB com o Eduardo Rocha para fechar a liderança e o bloco”, confirmou Márcio Fernandes, vice-líder do PMDB. “Entendemos que os blocos são importantes, sim, até para organização da Assembleia”.

Único representante do PSB, Barbosinha confirmou que o partido deve continuar alinhado aos tucanos. “Tenho mais afinidade como PSDB, e entendo que os blocos facilitam o trabalho”, justificou. “Sozinho, fico distante das comissões, dos grupos de trabalho”, assertiu Herculano Borges (SD), que afirma “faltarem apenas alguns detalhes para saber se [os blocos] ficam como está”.

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