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Política

Dono da Salute admite que empresa prestou serviço apenas para prefeitura

Luciana Brazil e Kleber Clajus | 13/11/2013 10:52
Érico confirma que empresa não prestou serviço para outras empresas. (Foto:Cleber Gellio)
Érico confirma que empresa não prestou serviço para outras empresas. (Foto:Cleber Gellio)

O proprietário da empresa Salute Distribuidora de Alimentos, Érico Chezini Barreto, confirmou, na manhã de hoje (13), durante depoimento na Comissão Processante, na Câmara de Vereadores, que a empresa prestou serviços apenas para a prefeitura desde o dia 1° de abril, quando foi criada.

Durante a oitiva, Barreto disse também que a empresa foi desclassificada da licitação da Prefeitura por levar apenas uma amostra de produtos, e não duas como o exigido.

A Salute foi contratada de forma emergencial e sem licitação, no valor de R$ 4,3 milhões, para o fornecimento de alimentos aos Ceinf’s (Centros de Educação Infantil) no período de quatro meses. O contrato da prefeitura com a Salute foi questionado no relatório da CPI (Comissão Parlamentar) do Calote, documento que deu base à abertura da Processante.

O vereador Flávio César (PT do B), relator da Comissão, questionou Barreto sobre a atuação da empresa na Capital.

O proprietário disse que a Salute foi criada para atender outras empresas, porém, isso não aconteceu. “A Salute foi criada para atender esse contrato, mas para empresas privadas, prefeituras e outros órgãos públicos”.

Parlamentares questionaram também sobre a infraestrutura da empresa e se a mesma possuía normativas firmadas no contrato com a prefeitura, como a licença ambiental. Segundo Érico, a Vigilância Sanitária desconsiderou a necessidade da licença, já que se tratava de um escritório. “Por se tratar de escritório administrativo, eles (Vigilância Sanitária) por não haver necessidade”.

Sobre a denúncia de carne estragada, Barreto negou e disse que a comida sempre foi entregue rigorosamente.
O advogado do prefeito Alcides Bernal (PP), Jesus Sobrinho, que acompanha os depoimentos, afirmou que se houvesse o ocorrido entrega de carne estragada, o MPE (Ministério Público Estadual) teria aberto processo para investigar.

A Comissão Processante começou hoje (13) a ouvir os primeiros depoimentos de empresários envolvidos na denúncia de suposta “fabricação de emergências” na administração de Bernal. O chefe do Executivo anunciou que uma equipe irá acompanhar os trabalhos no plenário Edroim Reverdito.

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