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Política

Em 1º discurso, Bolsonaro pede apoio ao Congresso para aprovar reformas

Ângela Kempfer | 01/01/2019 14:40
Jair Bolsonaro durante hino nacional. (Foto: Agência Brasil)
Jair Bolsonaro durante hino nacional. (Foto: Agência Brasil)

Sob gritos de “mito”, o presidente recém-empossado, Jair Bolsonaro, iniciou por volta de 14h20 o primeiro discurso como presidente do Brasil. De saída avisou: “é curtinho”. E realmente foi breve, falou por cerca de 9 minutos.

Depois de cumprimentar autoridades, começou lembrando do atentado sofrido durante a campanha. “Primeiro quero agradecer a Deus por estar vivo”, disse. Em seguida, elogiou a equipe médica que o atendeu em Minas Gerais e definiu a recuperação como um “verdadeiro milagre”.

O presidente lembrou por várias vezes da campanha eleitoral, principalmente, do momento em que foi esfaqueado, o que alegou ser ato de “inimigos da Pátria”.

Na casa onde atuou nos últimos 28 anos, Bolsonaro comentou estar “emocionado”. Falou em restaurar e reerguer “nossa Pátria” e repetiu o que o coloca como maior líder hoje da ala conservadora que ganhou força no País.

Bolsonaro garantiu que vai acabar com “irresponsabilidades econômica e a submissão ideológica...Vamos unir o povo, valorizar a família...Combater ideologia de gênero”, reforçou.

O presidente não abriu mão do teor religioso que pautou sua campanha. "Temos uma oportunidade única de resgatar o nosso país e a esperança de nossos compatriotas. Se tivermos a sabedoria de ouvir a voz do povo, teremos êxito em nossos objetivos. Vamos unir o povo, valorizar as famílias e nossas tradições judaico-cristãs. O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas".

Mesmo assim, afirmou ter compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão.

O presidente falou em "pacto nacional entre a sociedade, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, na busca de novos caminho para o novo Brasil". Apelou ao Congresso por apoio para aprovar reformas. Citou, inclusive, o direito do cidadão à legítima defesa.  "O cidadão de bem merece se defender", pontuou sobre decreto que pretende publicar flexibilizando a posse de arma.

Também lembrou que o momento é difícil. "Hoje, começamos um trabalho árduo para que o Brasil inicie um novo capítulo de sua história, quando o Brasil será visto como um país forte e pujante".

Para avançar, garantiu ter montado a equipe de forma técnica," sem viés político, que tornou o Estado ineficiente e corrupto. Realizaremos reformas estruturantes, que serão essenciais para a saúde financeira e sustentabilidade das contas públicas. Precisamos criar um círculo virtuosos e abrir nossos mercados para o comércio internacional".

Bolsonaro terminou o discurso com o lema de campanha: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.

Jair Bolsonaro conquistou 57,8 milhões de votos no segundo turno das eleições de 2018.

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