Em meio à crise na Saúde, Olarte critica demora de repasse do Governo Federal
Após o prazo estipulado ontem (1º) pela Justiça para que a Prefeitura de Campo Grande se manifeste sobre o pedido do MPE (Ministério Público Estadual) que cobra a abertura de 300 novos leitos em hospitais, o prefeito Gilmar Olarte (PP) criticou a cobrança e afirma que o problema gira em torno da demora do Governo Federal no repasse de R$ 5,5 milhões para a Saúde da Capital.
Durante agenda pública nesta quinta-feira (2), Olarte lembrou que 40 novos leitos foram criados em parceira com o Hospital Regional e 65 serão criados após a inauguração do Hospital da Criança do SUS, marcada para o dia 12 de outubro.
A maior crítica do prefeito é em relação ao repasse prometido pelo Ministério da Saúde para a Capital. Mesmo após oito reuniões feitas em Brasília, os R$ 5,5 milhões até hoje não chegaram à cidade.
“Estamos dando um jeito, tínhamos conversado para que R$ 5,5 milhões viessem para cá mensalmente para equilibrar a secretaria, a Santa Casa e outros seguimentos, como em Dourados, mas não foi feito”, explica.
Apesar do cenário de falta de dinheiro e crise na Saúde, Olarte afirma ainda que “pretende” criar todos os leitos solicitados pelo MPE, mas não deu detalhes de como cumprirá o pedido.
Ação - Na ação, a promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan pede a criação de 300 vagas de leitos no prazo máximo de três meses, além de mais 516 em um ano. As novas vagas são para suprir déficit de 816 leitos.
Campo Grande conta com 1.503 leitos de enfermaria, sendo o necessário 2.319 novas vagas. A demanda corresponde à população da cidade e de 33 municípios que buscam atendimento na Capital. Sobrecarregadas, as três UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) do município acabam fazendo às vezes de hospital, com pacientes internado por mais de 24 horas.