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Política

Em pronunciamento, Dilma defende Lula e desqualifica delação de Delcídio

Ricardo Campos Jr. | 04/03/2016 16:55
Presidente durante pronunciamento nesta sexta (Foto: reprodução)
Presidente durante pronunciamento nesta sexta (Foto: reprodução)

A presidente Dilma Rousseff (PT) rebateu e desqualificou as supostas declarações de Delcídio do Amaral (PT-MS) em acordo de delação premiada. Acompanhada por um grupo de ministros, ela fez um pronunciamento em rede nacional nesta sexta-feira (4), quando também aproveitou para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo da 24ª fase da operação Lava Jato.

Dilma afirmou que o vazamento do depoimento ontem na revista IstoÉ, que classificou como hipotético, é lamentável e tem o objetivo de desmoralizar seu governo.

Inicialmente, ela negou ter encerrado de propósito a CPI dos Bingos para beneficiar a campanha eleitoral de 2010. Ela disse que não tinha como prever, em 2006, o que aconteceria em 2010, se referindo à corrida presidencial daquele ano, acrescentando que se a fala realmente foi feita pelo senador, é insidiosa.

A chefe do Executivo rebateu ainda a alegação de que negociou a nomeação de ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para libertar políticos indiciados e presos preventivamente. Ela afirma que não faz sentido algum falar com um parlamentar sobre a nomeação de juízes e que havia apenas três magistrados nomeados por ela na turma que analisou o caso, sendo que apenas um votou a favor.

Dilma também falou a respeito de uma suposta reunião realizada em na cidade do Porto, onde houve a tentativa de mudar os rumos da operação Lava Jato. Ela contou que naquela ocasião estava a caminho de um encontro político em outro país europeu e fez escala em Portugal, quando aproveitou para discutir um projeto de lei referente a salários de servidores.

Em 2014, conforme a presidente, foram prestadas informações detalhadas à PGJ (Procuradoria Geral da República) sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras e que, com base nos documentos, o órgão arquivou o caso por entender não ser possível imputar crimes aos integrantes do conselho de administração. Sobre esse assunto, nenhuma informação nova foi proporcionada pela suposta declaração do senador.

Dilma aproveitou para criticar o mandado de condução coercitiva emitido contra Lula para levá-lo a depor. Segundo ela, ele sempre prestou esclarecimentos voluntariamente, sendo a medida desnecessária e desproporcional, já que no entendimento do STF o respeito aos direitos individuais passa pela adoção de medidas que não sejam mais fortes que o necessário.

Após encerrar o pronunciamento, ela se retirou da sala junto com os ministros.

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