Escolha de ministro do Meio Ambiente vai passar pelo crivo de Tereza
Deputada disse que ministro precisa ter perfil técnico, com a missão de dar agilidade nos processos
A futura comandante da pasta de Agricultura, a deputada Tereza Cristina (DEM), admitiu que a escolha do ministro do Meio Ambiente, na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), vai passar pelo crivo dela e da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária). Também adiantou que o escolhido precisa ser um “quadro técnico”, sem ideologia, que possa dar agilidade aos processos.
“O nome será avaliado pela equipe da Agricultura, porque o ministro (Meio Ambiente), precisa ter o perfil de quem não tem ideologia, saiba agir tecnicamente dentro do setor, além ser ágil para avaliação dos processos. Ainda não sei o nome, mas o presidente já definiu como será esta política”, disse Tereza, durante coletiva na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).
Tereza contou que Bolsonaro quer “simplificar estes processos”, estabelecendo regras e tempo para avaliação dos quesitos ambientais, para não “atrasar” ou “prejudicar” novos investimentos no Brasil. “Estas licenças precisam ser mais ágeis, por exemplo, se não houver avaliação a tempo, o projeto deve seguir, não pode ficar parado, perdendo tempo e recursos”.
Ela ainda elogiou Bolsonaro por ter “voltado atrás” sobre a fusão dos ministérios do Meio Ambiente e Agricultura. “Ele teve maturidade ao entender que esta fusão, apesar de recomendável, poderia trazer confusão à nível internacional, em relação a exportação de produtos. Soube reconhecer as questões de mercado e importância do meio ambiente”.
Agrotóxicos – Tereza também reconheceu que o projeto que “flexibiliza” e “moderniza” a legislação sobre agrotóxicos é uma das prioridades do Ministério (Agricultura), mas que o assunto agora está nas mãos do Congresso Nacional. “Ele (projeto) já foi aprovado na Comissão Especial Mista, mas ainda precisa passar pelo plenário do Senado”.
Conhecendo o Congresso, a deputada entende que a proposta deve ficar para 2019. “Não vai ser votada neste ano, mas entendo que o legislativo é soberano e vai saber avaliar a questão”. Tereza foi uma das principais articuladoras da matéria neste ano em Brasília, quando estava a frente da FPA.
Fiscalização – A futura ministra disse que deve intensificar a fiscalização em relação a “sanidade animal”, não apenas em relação a febre aftosa, mas também sobre outras pragas no campo, que podem chegar aos estados brasileiros, inclusive Mato Grosso do Sul, na zona de fronteira. “Neste campo o que falta é recursos, sempre tivemos dificuldades por causa desta questão”.
Ela pretende discutir mais recursos (fiscalização), em parceria com o Ministério da Fazenda, para que se compreenda a “importância” das ações de defesa. “Teriam que ter recursos garantidos, como ocorre no setor de saúde. Podemos buscar acordos bilaterais com os países vizinhos, em relação a esta vigilância”.