Excesso de testemunhas prejudica processo de impeachment, diz Moka
O senador Waldemir Moka (PMDB) diz que o excesso de testemunhas de defesa, no processo de impeachment contra a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), acaba prejudicando o andamento dos trabalhos no Senado Federal. Ele ainda alerta que muitas pessoas chamadas, sequer participaram dos fatos denunciados.
"O pessoal que apoia a presidente (Dilma Rousseff) conseguiu 40 testemunhas, é muita gente, torna o processo e as sessões enfadonhas e repetitivas, já que a maioria aproveita o espaço apenas para fazer discurso e nós somos obrigados a ouvir", disse ele, que faz parte da Comissão Especial que avalia o processo no Senado.
Moka ainda revela que os senadores até evitam fazer perguntas para algumas testemunhas, porque muitas sequer participaram dos fatos denunciados. "Elas não terão muito a acrescentar". Ele lembrou que a senadora Simone Tebet (PMDB), tentou reduzir o prazo final do processo, mas que a proposta foi recusada.
"O prazo para defesa nas considerações finais seria reduzido de 15 para cinco dias, mas o presidente da comissão (Raimundo Lira) não aceitou, então vamos seguir o determinado". Moka acredita que o processo de impeachment contra Dilma "não tem retorno" e que a petista deve ser cassada.
"Não se trata de uma declaração de voto, apenas uma avaliação e opinião sobre o cenário político". De acordo com o relator da comissão, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), a previsão do julgamento do impeachment é para o dia 2 de agosto. São necessários 54 votos para a cassação da presidente, o que representa dois terços do número de senadores.