Pedro Chaves diz que deve votar a favor do impeachment de Dilma
Senador reconheceu que seu partido faz parte da base de Temer
O senador Pedro Chaves (PSC) disse que a tendência é votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Quando assumiu a vaga no Senado Federal, ponderou que iria avaliar o processo com calma, mas resolveu seguir a direção do seu partido, que já está na base aliada do presidente Michel Temer (PMDB).
"Ainda aguardamos a posição da comissão (processante), mas a tendência é votar a favor, o nosso partido (PSC) está alinhado com o impeachment e dando apoio ao novo presidente, entendemos que o momento é de ajudar a melhorar a atividade econômica do País", disse o senador, durante o lançamento da pré-candidatura de Coronel Davi (PSC), no Golden Class.
Chaves lembrou que o Brasil "está no fundo do poço" e que o novo presidente montou uma equipe econômica de primeira grandeza. "Agora é trabalhar para melhorar a renda, empregos, mas para isto precisa de tempo e paciência".
Durante o evento, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que esperava uma posição firme do senador, em relação ao impeachment, já que toda base do PSC é a favor da saída da presidente.
Pedro Chaves entrou no lugar de Delcídio do Amaral, que foi cassado por 74 votos no Senado Federal. No início disse que não tinha opinião formada sobre o caso (impeachment), mas com uma posição firme do partido, reconheceu que vai seguir os correligionários no julgamento final, previsto para agosto.
Ação - Com quase um mês de trabalho, o senador garante que já retomou projetos com os municípios e que em setembro, quando começar a discussão do orçamento, vai tentar novos recursos para o Estado. "As pessoas moram nas cidades e eu sempre fui municipalista, vou ter este foco no mandato".
Sobre Campo Grande, ele ponderou que o pré-candidato do PSC, o deputado Coronel David (PSC), pode ser uma alternativa importante para cidade, que segundo ele, está "adormecida", a espera de um "sangue novo". Ele citou a preocupação com a classe comercial, já que muitas lojas fecharam no centro da cidade e nos shoppings.
"Temos que valorizar as empresas, que geram os empregos, assim como cuidar da segurança pública, estarei a disposição em Brasília para brigar por recursos". Chaves disse que em três semanas de trabalho, já recebeu 15 prefeitos em seu gabinete, e que vai montar uma equipe para ajudar os municípios a elaborar projetos.