Frente realiza ato contra impeachment amanhã na Praça Ary Coelho
A Frente Brasil Popular que reúne movimentos sociais e partidos de esquerda, realizam amanhã (16), a partir das 17h, na Praça Ary Coelho, um ato estadual contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que contará com atrações musicais, discursos de lideranças políticas e sociais e uma mobilização para tentar convencer a sociedade que este processo tem interesses escusos.
De acordo com Francisco Givanildo dos Santos, que faz parte da coordenação da Frente Popular, a princípio o movimento vai ser parado na Praça Ary Coelho, no entanto não está descartado uma caminhada nas ruas ao redor do local, tanto que já foi avisado às autoridades. Ele ponderou que alguns artistas irão fazer shows, além dos discursos para esclarecer todo este processo contra presidente Dilma.
"Estamos com expectativa de ter entre 2 a 3 mil pessoas neste evento, onde teremos três pontos principais, o primeiro contra o golpe a democracia, que é este processo de impeachment, o segundo uma manifestação 'Fora Cunha', pelas irregularidades cometidas pelo presidente da Câmara, além de uma mudança no ajuste fiscal", disse ele.
Os movimentos sociais acreditam que o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, penaliza muito os trabalhadores e a classe mais pobre e que este projeto precisa ser modificado, seguindo assim as propostas que levaram a vitória de Dilma (Rousseff), em 2014.
O presidente regional da CUT (Central Única do Trabalhador), Genilson Duarte, ressaltou que apenas dos sindicatos filiados irão vir por volta de mil pessoas, inclusive com mais de dez ônibus vindo do interior do Estado. "Será um ato nacional, em que vamos fazer nossa parte aqui, onde poderemos esclarecer todo este processo, com parecer de juristas, mostrando que este pedido de impeachment não tem fundamento e tem outros interesses".
Para o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Roberto Botarelli, a população já está percebendo que esta crise política acontece no Congresso, tanto que se diminui o número de pessoas nas ruas a favor do impeachment. "Quem vai perder são aqueles que mais avançaram na escalada social, além disto a participação do Eduardo Cunha neste processo, gera dúvida nas pessoas".