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Política

Puccinelli diz que 10% dos prefeitos são incompetentes com a Saúde

Fabiano Arruda | 18/07/2012 12:39
Governador André Puccinellli concede entrevista no hospital São Julião nesta manhã durante assinatura de Termo de Cooperação Técnica para melhorar a qualidade e desafogar os atendimentos em hospitais de MS. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Governador André Puccinellli concede entrevista no hospital São Julião nesta manhã durante assinatura de Termo de Cooperação Técnica para melhorar a qualidade e desafogar os atendimentos em hospitais de MS. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O governador André Puccinelli (PMDB) afirmou nesta quarta-feira que boa parte do número de atendimentos desnecessários em unidades de Saúde do Estado, bem como a destinação de pacientes para hospitais de Campo Grande, são culpa de prefeitos que definiu como incompetentes.

Pelo menos 10% do total dos prefeitos, segundo Puccinelli, estão nesta situação. “O afluxo de atendimentos sem necessidade é grande. Se todos os prefeitos fossem competentes a qualidade do atendimento seria maior”.

André deu as declarações durante assinatura de Termo de Cooperação Técnica, nesta manhã, entre o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, e a Sociedade Hospital Samaritano de São Paulo, no hospital São Julião.

Segundo ele, o termo, que trata da execução do projeto “Implantação da Rede de Cuidados Continuados Integrados” para beneficiar unidades hospitalares em Mato Grosso do Sul, vai permitir, na prática, melhorar a qualidade e desafogar os atendimentos.

“Apesar dos reclamos, em Mato Grosso do Sul se prioriza a gestão da saúde com a hierarquização e regionalização. Em 2011 investimos 14,56% da receita corrente líquida em saúde e, se a Emenda 29 estivesse em vigor, seriam mais R$ 120 milhões”, disse, pedindo para a representante do Ministério da Saúde, Ana Paula Silva Cavalcanti, presente no evento, atenda os pleitos do Estado.

Além disso, o chefe do Executivo Estadual aproveitou para mencionar que a rede de saúde em MS sofre com a demanda aumentada por pacientes paraguaios e bolivianos por conta das 17 cidades que fazem fronteira.

O que é - O projeto terá dois anos e meio de duração e envolve adaptações físicas, capacitação de pessoal e conformação dos sistemas de informação e implantação do sistema na rede hospitalar, com a ocupação das enfermarias, acompanhamento e avaliação dos processos e impacto na rede de atenção.

Para a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o grande diferencial do programa, que também pode ser implantando em outras cidades como Corumbá, Dourados e Três Lagoas, é o atendimento multidisciplinar a pacientes crônicos ou sequelados que costumam ocupar leitos dos hospitais por mais tempo. A medida visa recuperar esses casos de forma mais rápida.

Segundo ela, o Hospital São Julião já desempenha papel importante como retaguarda para encaminhamento de casos vindos do Hospital Regional com 20 leitos. O programa, prossegue a secretária, passará a ser retaguarda também para o Hospital Universitário e Santa Casa.

Para o diretor da junta interventora da Santa Casa, Issam Moussa, a iniciativa é fundamental. Segundo ele, dos 590 leitos do maior hospital público do Estado, cerca de 20% são de pacientes crônicos. E contar com leitos de hospitais de referência nesses casos será fundamental para desafogar o atendimento no hospital, completa.

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