Governador foge de polêmica e Azambuja reforça preferência por rival
Em passagem por Campo Grande, nesta segunda-feira (24), o governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) fugiu de assuntos polêmicos e não deu sua opinião sobre eventual aliança dos rivais nacionais, PT e PSDB, na sucessão do governador André Puccinelli (PMDB). Em contrapartida, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) tratou o assunto com naturalidade e criticou o PMDB, parceiro de longa data dos tucanos no Estado.
“Estou em visita institucional, não tenho condições de entrar e dar opinião sobre a política local. Os temas de acordo estão sendo conduzidos pelo diretório nacional, ouvindo os diretórios regionais”, desviou Anastasia, após palestra na Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).
Para o governador, “cada Estado tem a sua circunstância”. “Conheço a realidade de Minas Gerais”, emendou.
“Então, vai ser o diretório nacional em combinação com o diretório regional, que vai discutir o assunto”, repetiu ao ser novamente questionado sobre a parceria dos rivais nacionais no Estado.
Por outro lado, Azambuja garantiu que não haverá imposição do diretório nacional. “A decisão local vai ser respeitada pela executiva nacional, isso daí é ponto definido, ninguém vai impor para o PSDB de Mato Grosso do Sul, o que nós devemos fazer”, disse com ênfase.
Segundo o tucano, a única obrigação da legenda é dar palanque ao pré-candidato a presidente, senador Aécio Neves (PSDB-MG). “E ele terá e não será só o palanque do PSDB, outros partidos também vão dar e nós vamos decidir o que é melhor para o partido crescer em Mato Grosso do Sul, se for candidatura própria, ou se for aliança com outro partido e essa decisão não é nacional, é nossa, isso já foi delegado pela executiva nacional”, reforçou.
Questionado sobre a preferência entre PT e PMDB, Azambuja evidenciou poucas chances de caminhar com os antigos aliados. “Acho que o PMDB envelheceu no governo. Então, se nós queremos um projeto diferente, fica difícil caminhar como o PMDB, não queremos continuidade, queremos mudança”, comentou.
Nos bastidores políticos, tanto o tucano quanto o senador Delcídio do Amaral (PT), pré-candidato à sucessão de Puccinelli, não escondem a vontade de lançar “dobradinha” ao Senado e ao governo. Eles, inclusive, não descartam aliança branca, caso a cúpula nacional de um dos partidos vete a aliança no Estado.