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Política

Grupos contrários e a favor da "lei da mordaça" voltam a protestar na Câmara

Prefeito vetou a proposta há um mês, mas até agora os vereadores não analisaram

Mayara Bueno e Alberto Dias | 31/05/2016 11:19
Manifestantes na Câmara Municipal de Campo Grande, nesta terça-feira (31). (Foto: Alberto Dias)
Manifestantes na Câmara Municipal de Campo Grande, nesta terça-feira (31). (Foto: Alberto Dias)

Manifestantes favoráveis e contrários a chamada “lei da mordaça”, projeto que restringe a discussão de política, religião e questões de gêneros nas escolas, voltaram a Câmara Municipal de Campo Grande, nesta terça-feira (31). Agora, eles pedem a manutenção do veto ao projeto, feito pelo prefeito, e a derrubada, no caso dos defensores da lei.

O veto ao projeto foi publicado em 27 de abril, mas até agora não foi analisado pelos parlamentares. Eles podem decidir mantê-lo, desta forma, a proposta será arquivada de vez; ou, podem também derrubar o veto. Se isto acontecer, o projeto entra em vigor, cabendo a Bernal procurar a Justiça se quiser manter a proibição.

Logo após a aprovação da lei, diversas pessoas protestaram contra ela, mas também houve quem defendesse. Por sua vez, o prefeito disse que a “lei da mordaça” faz lembrar a “ditadura” e por isso, decidiu vetar.

Hoje, o reverendo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Hugo Sanchez, levou para os vereadores uma carta de repúdio à lei. Para ele, a proposta priva o direito dos educadores, bem como dos educandos, “em sua liberdade de consciência e de crenças”. “Do ponto de vista pedagógico, entendemos que não há lugar melhor para debater estas questões”.

Mas, também há quem defenda que a “lei prega que o professor está dentro da sala de aula para usar sua formação para ensinar e não doutrinar”. Segundo o pastor batista Carlos Trapp, o movimento que defende acredita que o professor pode falar de religião, mas não opinar sobre estes assuntos.

Movimentos estudantis também estão no Legislativo Municipal pedindo que os vereadores mantenham o veto ao projeto. Há, pelo menos, 70 pessoas. O autor do projeto, vereador Paulo Siufi (PMDB), não comparece às sessões desde 28 de abril.

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