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Política

Há 14 dias preso na PF, Delcídio cogita fazer acordo de delação premiada

Michel Faustino | 08/12/2015 17:05
Delcídio estaria negociando acordo de delação premiada. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Delcídio estaria negociando acordo de delação premiada. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O senador Delcídio do Amaral (PT), preso desde o dia 25 de novembro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília (DF), acusado de interferir no andamento da operação Lava Jato, começou a negociar um acordo de delação premiada. A informação foi publicada nesta terça-feira (08) pela jornalista Vera Magalhães, da coluna Radar On-line, no site da revista Veja.

O Campo Grande News tentou entrar em contato com os advogados de Delcídio para ter detalhes a respeito da possibilidade do acordo, no entanto, ninguém foi encontrado. Na semana passada, Eduardo Marzagão, assessor do parlamentar, afirmou que Delcídio não pretendia fazer acordo de delação.

A tarde foi divulgado que o senador teria contratado o advogado Antonio Augusto Figueiredo Bastos, o mesmo que cuidou da delação de Alberto Youssef e outros seis réus na Operação Lava Jato.

Derrotas - Nesta segunda-feira (07), A PGR (Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra Delcídio e André Esteves, ex-controlador do banco BTG Pactual, pelo crime de impedir e embaraçar a investigação penal.

Pelos mesmos crimes, a procuradoria também denunciou o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira, e o ex-advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Ceveró, que responderá ainda pelo crime de patrocínio infiel. Todos estão presos por determinação do Supremo.

Caberá a Segunda Turma da Corte analisar a abertura de ação penal contra os acusados. O julgamento deverá ocorrer em 2016, devido ao período de recesso do Judiciário. As penas para os crimes citados variam de três e oito anos de prisão.

Delcídio e seu chefe de gabinete estão presos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ribeiro e Esteves estão em um presídio no Rio de Janeiro. As prisões foram executadas no dia 25 de novembro.

A PGR usou depoimentos da delação premiada do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e do filho dele, Bernardo Cerveró, para embasar a denúncia contra os acusados.

A procuradoria sustenta que Delcídio tentou dissuadir Nestor Cerveró de aceitar o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), ou que, se isso acontecesse, que evitasse delatar o senador e também André Esteves.

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