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Política

Juiz "absolve", mas autor de facada em Bolsonaro vai continuar em presídio

Adélio Bispo foi considerado inimputável por conta de doença mental, mas ele seguirá em tratamento no presídio federal da Capital

Humberto Marques | 14/06/2019 16:51
Preso, Adélio foi encaminhado para o presídio federal de Campo Grande, onde seguirá por mais três anos em tratamento. (Foto: Arquivo)
Preso, Adélio foi encaminhado para o presídio federal de Campo Grande, onde seguirá por mais três anos em tratamento. (Foto: Arquivo)

O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), decretou a “absolvição imprópria” de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada no presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Com a decisão, a prisão preventiva foi convertida em medida cautelar de internação provisória, mas Adélio continuará no Presídio Federal de Campo Grande, onde terá acompanhamento psiquiátrico.

A decisão respeita análise do próprio juiz de que Adélio é inimputável, por ser portador de transtorno delirante persistente, uma doença mental que o impede de ser condenado. A condição consta em pareceres médicos da defesa e dos peritos indicados pela acusação.

A permanência no Presídio Federal campo-grandense se dará até que seja verificada  o fim de sua periculosidade, a ser atestada em três anos por meio de perícia médica. 

Na decisão, o juiz destacou que, embora Adélio tenha tido uma conduta “típica e antijurídica”, não pode ser punida por não ser juridicamente reprovável, diante de doença mental que lhe suprimiu a capacidade de compreender o caráter ilícito do fato.

Adélio foi denunciado por "atentado pessoal por inconformismo público", como prevê a Lei de Segurança Nacional, com pena que chegaria a 20 anos se não fosse o transtorno.

O acusado atacou Bolsonaro durante caminhada no centro de Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018, durante ato de campanha. Ele foi preso na mesma tarde e, perante a Polícia Militar de Minas Gerais, confessou o ataque, sendo transferido a Campo Grande.

Aqui, ele chegou a pedir o retorno para Minas Gerais, alegando que o Presídio Federal foi construído com características da maçonaria e por isso o local está "impregnado de energia satânica".

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