Autor de atentado a Bolsonaro passa por novo exame psicológico na Capital
Adélio Bispo de Oliveira está no Presídio Federal e será submetido ao "teste do borrão de tinta"; defesa alega insanidade
Adélio Bispo de Oliveira, preso por esfaquear o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral, é submetido desde às 9h a mais um teste psicológico. O novo exame é o Teste de Rorschach, conhecido como “teste do borrão de tinta”, feito a pedido da Justiça Federal de Juiz de Fora.
Desde dia 8 setembro, Oliveira está no Presídio Federal de Campo Grande. No dia 6 daquele mês, ele esfaqueou o então candidato durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Bolsonaro ficou internado por 23 dias por conta do atentado.
O procedimento foi solicitado pelo juiz federal Bruno Savino, segundo jornal O Globo, para identificar aspectos da personalidade do agressor. Duas psicólogas de São Paulo foram deslocadas para a avaliação de Oliveira no Presídio Federal de Campo Grande.
O Teste de Rorschach foi criado pelo psiquiatra suíço Hermann Rorschach. As manchas de tintas são apresentadas para que a pessoa dê um significado ao que vê, o que possibilita projetar aspectos da personalidade.
A defesa de Adélio Bispo diz que o “discurso de ódio” de Bolsonaro o influenciou a cometer o atentado. Em dezembro, o homem já havia sido submetido a teste psiquiátrico, sob responsabilidade de dois médicos de Campo Grande.
Este exame de dezembro foi autorizado pela Justiça Federal de Juiz de Fora depois que, no dia 21 de setembro, médico psiquiatria forense Hewdy Lobo Ribeiro, contratado pela defesa, constatou que o suspeito sofre de transtorno delirante grave.