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Cidades

Por 3h, psquiatras ouvem agressor de Bolsonaro para laudo

O laudo psiquiátrico será assinado por dois médicos da Capital, Fernando Câmara Ferreira e Maria Teodorowic

Anahi Zurutuza | 03/12/2018 14:00
Presídio Federal de Campo Grande, onde está Adélio Bispo desde o dia 6 de setembro (Foto: Liniker Ribeiro)
Presídio Federal de Campo Grande, onde está Adélio Bispo desde o dia 6 de setembro (Foto: Liniker Ribeiro)

Psiquiatras nomeados pela Justiça para fazer perícia em Adélio Bispo, preso desde 6 de setembro por esfaquear o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), passaram cerca de 3 horas no Presídio Federal de Campo Grande conversando com o interno. O laudo psiquiátrico será assinado por dois médicos da Capital, Fernando Câmara Ferreira e Maria Teodorowic.

Fernando conversou com o Campo Grande News, mas informou que não pode dar detalhes do trabalho. Disse apenas que o exame será baseado numa entrevista que começou por volta das 9h15 e terminou faltando 15 minutos para o meio-dia (no horário local).

A Justiça de Minas Gerais autorizou um novo laudo sobre a saúde mental de Adélio Bispo, depois que, no dia 21 de setembro, médico psiquiatria forense Hewdy Lobo Ribeiro, contratado pela defesa, constatou que o suspeito sofre de transtorno delirante grave.

De acordo com informações do site G1 de Minas Gerais, o juiz Bruno Savino, da Justiça Federal de Juiz de Fora, acatou o pedido da defesa de Adélio e determinou a abertura do chamado “incidente de insanidade”, exame feito por peritos indicados pelo Judiciário para avaliar a sanidade do agressor.

O primeiro médico passou cerca de duas horas entrevistando Adélio numa sala do Presídio Federal. No dia 1º de outubro, a defesa do suspeito entregou o resultado à Justiça e pediu que fosse feitas a perícia oficial.

O processo contra Adélio está suspenso até o exame fica pronto.

Entenda - Em 6 de setembro, Bolsonaro participava de um ato de campanha em Juiz de Fora e levou uma facada na região abdominal.

Primeiro, o então candidato a presidente foi submetido a uma cirurgia na Santa Casa da cidade e, depois foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ao todo, Bolsonaro ficou internado por 23 dias. Ele deve ser submetido a outra cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia em janeiro.

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