Justiça autoriza novo exame psiquiátrico em agressor de Bolsonaro
A perícia feito pelo médico contratado pela defesa constatou que o Adélio Bispo sofre de transtorno delirante grave
A justiça de Minas Gerais autorizou um novo exame psiquiátrico para Adélio Bispo, preso desde 6 de setembro por esfaquear o candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. No dia 21 do mês passado, médico psiquiatria forense contratado pela defesa veio ao Presídio Federal de Campo Grande e constatou que o suspeito sofre de transtorno delirante grave.
De acordo com informações do site G1 de Minas Gerais, o juiz Bruno Savino, da Justiça Federal de Juiz de Fora, acatou o pedido da defesa de Adélio e determinou a abertura do chamado “incidente de insanidade”, exame feito por peritos indicados pela justiça para avaliar a sanidade do agressor.
Esse foi o segundo pedido para o exame feito pelo defesa de Adélio. O primeiro foi protocolado no dia 10 de setembro. O juiz negou o pedido, mas autorizou que ele fosse submetido a uma “exame particular”, contratado pela defesa. No dia 21, o psiquiatra paulistano Hewdy Lobo Ribeiro veio a Campo Grande para falar com o preso.
Duas horas de entrevista em uma das salas o Presídio Federal de Campo Grande formaram o laudo técnico de sanidade mental que constatou que Adélio sofre de transtorno delirante grave. No dia 1º de outubro, a defesa do suspeito entregou à justiça o resultado e um novo pedido de exame, desta vez oficial.
Com resultado em mãos o juiz autorizou o pedido. Com isso, o processo sobre Adélio na Justiça está suspenso por 45 dias.
Entenda - Em 6 de setembro, Bolsonaro participava de um ato de campanha em Juiz de Fora e levou uma facada na região abdominal.
Primeiro, o candidato a presidente foi submetido a uma cirurgia na Santa Casa da cidade e, depois foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ao todo, Bolsonaro ficou internado por 23 dias.
Durante este período, o candidato postou vídeos e mensagens nas redes sociais para falar sobre o estado de saúde e sobre o cenário político. Desde que deixou o hospital, o candidato não tem participado de atos públicos, somente concedido entrevistas à imprensa.