Juiz Odilon diz que não irá disputar eleição por motivo de segurança
O juiz federal Odilon de Oliveira publicou hoje (06), na sua página em rede social, que desistiu de ser candidato, nesta eleição, em função da falta de segurança pessoal, já que ele não recebeu a garantia que teria escolta durante a campanha eleitoral.
Ele lembrou que enviou um ofício ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para encaminhar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, indagando se a sua escolta iria continuar após a aposentadoria.
“A burocracia retardou a tramitação e a resposta não veio. Eu afirmei que aos 65 anos e 53 de serviço, deixaria a magistratura para disputar um cargo eletivo, mas não vou”.
De acordo com Odilon, já se passou o tempo para deixar o cargo de juiz, que seria seis meses antes da eleição. O juiz ponderou que não poderia se “aventurar” em uma campanha na região de fronteira, sem segurança, pois seria um alto risco.
“Entendo que minha segurança pessoal deve continuar enquanto for necessária após a aposentadoria, os riscos que enfrentarei decorrem de minha atuação como juiz criminal”.
Odilon lembrou que “trocou sua liberdade” para defender a sociedade e que por estes motivos resolveu continuar como juiz federal. “Assim sendo, o Brasil não pode me descartar, como roupa velha, jogando-me à disposição dos malfeitores de quem confisquei tanta riqueza, e coloquei na prisão durante décadas”, apontou ele.
Candidatura – Odilon reconheceu no início do ano que recebeu vários convites para ser candidato, inclusive em cargos diferentes, como opção ao Senado, deputado estadual e federal, vice e até candidato ao governo.
Na época ele salientou que tinha mais “perfil” para o poder legislativo, já que tinha mais afinidade com o poder judiciário. Ele ainda ponderou que sua ideologia política era nem esquerda ou direita e sim de “centro”.
A direção estadual do PDT chegou a fazer um convite oficial a Odilon para que ele fosse candidato ao governo, porém o juiz não aceitou a proposta no prazo combinado.