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Política

Justiça nega liberdade a braço direito de Olarte, preso por compra suspeita

Ivamil Rodrigues teria ajudado aquisições de imóveis "fraudulentas"

Mayara Bueno e Aline dos Santos | 16/08/2016 09:41
Gaeco deflagrou a Operação Pecúnia, que prendeu o ex-prefeito, a esposa e mais dois. (Foto: Fernando Antunes).
Gaeco deflagrou a Operação Pecúnia, que prendeu o ex-prefeito, a esposa e mais dois. (Foto: Fernando Antunes).

A Justiça negou o pedido de liberdade do corretor Ivamil Rodrigues, que teve a prisão temporária decretada na segunda-feira (15). Ele, além do prefeito afastado, Gilmar Olarte (PROS), sua esposa Andreia Olarte, e Evandro Farinelli, são alvos de uma ação que apontou crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Para o desembargador Júlio Roberto Siqueira, que proferiu a decisão, mesmo Ivamil sendo empresário, ter endereço fixo e bons antecedentes, “não é motivo suficiente para concessão da sua liberdade ou revogação de prisão temporária, ainda mais diante da gravidade dos fatos investigados, bem como da repercussão e clamor social”, afirmou.

O corretor está preso na cela 17, no Centro de Triagem, em Campo Grande. Sua prisão é temporária, aquela que tem duração de cinco dias, mas pode ser prorrogada por igual período. Contra o corretor, há a acusação de que ele seria o braço direito de Gilmar e Andreia Olarte em aquisições de móveis “fraudulentas”.

De acordo com o Ministério Público, as investigações começaram com a quebra de sigilo bancário de Andreia Olarte e de sua empresa, além de informações de que, entre 2014 e 2015, enquanto Gilmar era prefeito, a esposa adquiriu vários imóveis em Campo Grande, alguns em nome de terceiros. Também houve, na ação de ontem, mandados de busca na empresa de estética de Andreia e nos escritórios dos outros dois.

Os pagamentos dos imóveis teriam sido feitos em “elevadas quantias”, fazendo-o, ora em dinheiro vivo, ora por transferências bancárias e depósitos, os quais, “a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Advogado do que seria “laranja” nas negociações, Evandro Farinelli, Paulo Nagato afirmou que ainda hoje deve adotar medida jurídica para tentar reverter a prisão. Não quis comentar detalhes do processo, alegando que ele está em sigilo.

Gilmar Olarte continua preso no Centro de Triagem e, segundo seu advogado, João Carlos, o ex-vice-prefeito “está bem” e aguarda ser chamado para depor. Também não há, por enquanto, recurso na Justiça tentando cancelar a prisão.

Já Andreia Olarte precisou ser hospitalizada, depois de passar mal na cela em que estava na Denar. Ela tentou, por meio de seu advogado, reverter a detenção em prisão domiciliar, justamente por seus problemas de saúde, mas o desembargador mandou ela ir ao médico, mas depois retornar à delegacia.

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