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Política

Magistrado critica Gaeco por insinuar que Justiça deflagrou investigação

Josemil Arruda e Zana Zaidan | 29/04/2014 15:57
Ruy Celso informou que prefeito pediu quebra do sigilo da investigação (Foto: Cleber Gellio)
Ruy Celso informou que prefeito pediu quebra do sigilo da investigação (Foto: Cleber Gellio)

O desembargador Ruy Celso Florence criticou esta tarde, durante entrevista coletiva, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por ter insinuado, através de nota de esclarecimento, que estava agindo em cumprimento a determinação judicial para buscas e apreensões, quando na verdade tomou toda a iniciativa da investigação.

Na nota, o Gaeco informou que no dia 11 de abril cumpriu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar em Campo Grande e um de prisão temporária em São Paulo (SP), todos “por determinação do desembargador Ruy Celso Florense, da Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Estado”. Informou ainda “dentre os pontos de busca, esteve a residência do atual prefeito de Campo Grande, local onde foram apreendidos apenas documentos, que estão sob análise”.

Ruy Florence esclareceu que apenas autorizou as medidas que foram pedidas pelo Gaeco, a partir de informações de que haveria um esquema de agiotagem para se conseguir dinheiro emprestado para compra de vereador em Campo Grande. “O mandado de busca e apreensão foi para documentos, CDs e pen drive”, explicou o magistrado.

O Campo Grande News apurou que a apreensão feita pelo Gaeco na residência do prefeito Gilmar Olarte não tem nada de relevante. Os CDs são de músicas gospel e há até um DVD de filme do filho de Olarte, conforme já tinha sido antecipado o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel.

Quebra de sigilo - O prefeito Gilmar Olarte (PP) pediu a quebra do sigilo da investigação da Gaeco (Grupo. A revelação foi feita durante a coletiva pelo desembargador Ruy Celso Florence, segundo quem o advogado de Olarte já fez o pedido oficial.

Apesar dessa solicitação, o desembargador deixou claro que não pretende encerrar o sigilo da investigação, alegando que é necessário para o sucesso do trabalho do Gaeco e também para a manutenção da “paz social”.

Questionado se ele próprio já não tinha quebrado o sigilo da investigação, diante das revelações que já fez, Ruy Celso negou, alegando que apenas informou o teor dos mandados de busca e apreensão, que não seriam secretos.

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