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Política

Mandetta volta ao tempo de movimento estudantil e participa de protesto no Rio

Josemil Arruda | 08/01/2014 20:43
Manifestantes protestando no Rio, entre eles o deputado Mandetta (Foto: Uol)
Manifestantes protestando no Rio, entre eles o deputado Mandetta (Foto: Uol)

O deputado federal sul-mato-grossense Luiz Henrique Mandetta (DEM) voltou ontem aos tempos de movimento estudantil e fez até discurso em plena Av. Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), durante protesto de alunos contra o fechamento da Universidade Gama Filho, onde estudou Medicina na década de 80. Na época em estudou Medicina na Gama Filho, Mandetta chegou a participar do Centro Acadêmico.

“Eu remocei ontem. Fiz até discurso”, afirmou Luiz Henrique Mandetta, nesta quarta-feira (8), ao falar sobre o protesto que reuniu ontem alunos e professores na Av. Rio Branco. Segundo ele, foi como se voltasse ao tempo do movimento estudantil, em 1983 e 1984, que estourou no País o Movimento das Diretas Já. “A primeira vez manifestação política foi nas Diretas Já”, recordou.

Mandetta fez questão de participar do protesto estudantil, por ter um grande carinho pela universidade em que se formou e que tem mais de 70 anos. “Esse ano eu faço 25 anos de formado”, contou o deputado sul-mato-grossense, que se especializou em ortopedia pediátrica, lembrando-se, em seguida, que lá também se formou o médico Nelsinho Trad, atual secretário estadual de Articulação com os Municípios e pré-candidato a governador do PMDB.

O parlamentar lamenta que a Gama Filho esteja passando por essa crise terminal. “Vai fechar, vai ser descredenciada. Ela foi vendida para o Grupo Galileu Educacional e desde então vem se deteriorando, tendo hoje uma dívida muito grande. O MEC proibiu vestibular e tudo desandou. Os alunos desesperados”, afirmou Luiz Henrique.

Segundo o deputado, que preside o DEM no Estado, muitos dos atuais alunos da Faculdade de Medicina da Gama Filho são de Campo Grande. “Só na caminha de ontem eu encontrei cinco alunos que são aí de Campo Grande”, disse Mandetta. “Estava aqui também o Flávio Cunha, que é o superintendente da Receita Federal em Mato Grosso do Sul e tem uma menina dele no quinto ano de Medicina na Gama Filho”, testemunhou.

Durante o protesto de terça-feira (7), os estudantes se reuniram na Candelária e seguiram em passeata pela avenida Rio Branco rumo à Cinelândia. Segundo os alunos, embora eles estejam pagando em dia suas mensalidades, funcionários e professores não recebem salários há meses.

A universidade tem cerca de 10 mil alunos. Só o curso de medicina tem 2 mil estudantes, do primeiro ao sexto ano. “Está todo mundo perdido. O MEC é responsável. Tem de resolver”, defendeu Mandetta. Os alunos querem que o governo federal intervenha assumindo a administração da Gama Filho.

Na manhã de terça, outro grupo de alunos ocupou a sede do Ministério da Educação, em Brasília, para exigir uma reunião com o ministro Aloizio Mercadante. O grupo, porém, só conseguiu falar com assessores do ministro.

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