Marun vai participar da CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados
Parlamentar será suplente da vaga do PMDB na comissão
O deputado federal Carlos Marun (PMDB) vai participar da CPI da Petrobras como suplente na vaga do partido. A comissão será instalada nesta quinta-feira (26) e será presidida pelo deputado Hugo Motta (PMDB-PB). O peemedebista anunciou decisão na sua página do Facebook.
“Amigos e amigas do face, estou só em meu gabinete a acabo de tomar a decisão de aceitar ocupar, na condição de suplente, uma das vagas do PMDB na CPI da Petrobras. Não tinha este plano e não pleiteei esta vaga, mas diante da indicação decidi não me furtar a responsabilidade”, disse Marun na rede social.
Por acordo entre os partidos, a relatoria da CPI ficará com PT que indicou Luis Sérgio (PT-SP). Pelo critério da proporcionalidade, coube ao PMDB escolher o cargo de direção da comissão. O partido é o maior dentro do bloco partidário com mais deputados.
Os peemedebistas defendiam que a legenda ficasse tanto com a presidência quanto com a relatoria. No entanto, a movimentação bateu de frente com o PT, que argumentava ser seu o direito de indicar a relatoria ou a presidência do colegiado por ter a maior bancada da Casa.
A criação de uma nova comissão foi autorizada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 5 de fevereiro. Esta será a primeira CPI da atual legislatura. No total, 182 deputados assinaram o requerimento de criação, incluindo 52 da base governista. Para a comissão ser viabilizada, são necessárias 171 assinaturas.
O prazo de funcionamento é de 120 dias, prorrogável por mais 60. A CPI tem poderes de investigação equiparados aos das autoridades judiciais, como determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar de órgãos e entidades da administração pública informações e documentos, tomar depoimentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como requisitar os serviços policiais.
Em 2014, funcionaram duas CPIs sobre o tema, ambas integradas por uma maioria da base aliada. Uma delas, exclusiva do Senado, foi boicotada pela oposição. A outra, mista, chegou ao final com a aprovação de um relatório que deixou políticos suspeitos de fora.