MDB é o primeiro partido a divulgar repasse do fundo eleitoral em MS
Partido recebeu a primeira parcela para o diretório regional, que vai usar para cobrir gastos e despesas com marketing
A direção estadual do MDB foi a primeira a divulgar os recursos que recebeu do fundo eleitoral, que vai financiar campanhas neste ano. O deputado e candidato ao governo, Junior Mochi (MDB), revelou que foi enviado metade dos R$ 1.753.000,00 que o diretório de Mato Grosso do Sul terá direito neste pleito.
Mochi explicou que deve chegar ainda mais R$ 2 milhões para o senador Waldemir Moka (MDB), assim como uma parte destinada a vice-governadora Tânia Garib (MDB), já que 30% dos recursos do partido seguem para as mulheres. Estes valores serão gastos na chapa majoritária. A expectativa é que somando tudo, possa se chegar a R$ 5 milhões aos candidatos de MS.
A parte que segue para o diretório (MDB) será gasta nas despesas do partido em relação a material, estrutura e também pelo trabalho de marketing, que está sendo conduzido por Alberto Almeida. “Quando recebermos a segunda parcela também vamos ajudar os deputados estaduais, já que o recurso direcionado é apenas para quem tem mandato no Congresso”, disse Mochi.
Os demais partidos disseram que os recursos nacionais ainda não chegaram ao Estado, apesar de que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter anunciado ontem (22) o repasse de R$ 1,3 bilhão para 22 dos 35 partidos políticos. Ao todo são R$ 1,7 bilhão que será financiado nesta campanha eleitoral.
Perspectivas – O presidente regional do PDT, o deputado Dagoberto Nogueira, disse que os recursos só vão chegar ao Estado na semana que vem, mas que irá “socorrer” apenas os candidatos a deputado federal e ao governo. “Não sei ainda o valor que seguem para aqui, mas não será muito de acordo com nossas expectativas”.
Já Murilo Zauith, candidato a vice-governador e presidente regional do DEM, disse que espera uma resposta nacional para os próximos dias. “Não sabemos ainda o valor, mas que só terá para deputado federal, assim como a parte para as candidatas mulheres”. O deputado Amarildo Cruz (PT) confidenciou que no PT o combinado é de R$ 52 mil para cada candidato a deputado, porém pondera que o recurso ainda não foi depositado.
Estratégia - O deputado Herculano Borges (SD) revelou que o recurso da legenda só segue para os candidatos deputados federais, mas que estes podem repassar aos (deputados) estaduais. “Vamos usar esta estratégia, mas os valores ainda não chegaram”, garantiu.
Já a direção estadual do PSOL, a quantia deve chegar semana que vem. “Para o Estado será apenas R$ 104 mil, que vamos usar para as despesas de campanha de uma forma geral”, disse Lucien Resende (PSOL).
O candidato ao governo, Marcelo Bluma (PV), informou que o recurso que chegar será usado para pagamento de assessoria contábil e jurídica de todos os candidatos do PV, assim como a produção dos programas de televisão e rádio, material gráfico e equipes. O que sobrar será dividido entre os candidatos na proporcional.
A direção estadual do PSDB não divulgou quanto vai ter disponível e quando o recurso vai chegar aos candidatos tucanos. Apesar da regras para privilegiar os deputados federais com mandato, Beto Pereira (PSDB), presidente regional, tinha adiantado que haveria uma divisão diferente no Estado.
Sem recursos - Alguns partidos divulgaram que não vão receber recursos das direções nacionais, por não ter representantes de Mato Grosso do Sul, no Congresso Nacional. Foi o que contou os presidentes regionais do PSC, Patriotas, PHS e Podemos. “Não vamos ter recurso porque não temos representantes”, disse Lídio Lopes, presidente do Patriotas.
Teve casos de desistência, por exemplo o candidato a deputado federal, Paulo Estevão (Podemos), que resolveu renunciar porque não haverá recursos para campanha. “A direção nacional de nosso partido decidiu prestigiar os estados de maior população e portanto, ficamos sem recursos do fundo eleitoral”, explicou.
Divisão - De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o fundo eleitoral com R$ 1,72 bilhão serão repartidos entre os partidos seguindo alguns critérios como: 2% divididos de forma igualitária, 30% destinado às mulheres e o restante pelos representação das legendas na Câmara dos Deputados e Senado.