Nem Dilma, nem Temer: dom Dimas não vê vitórias no impeachment
Para o religioso, as dificuldades não cessarão com a saída da presidente Dilma Rousseff
“Qualquer que seja a solução do impeachment, o dia seguinte é o que mais preocupa”, avalia o arcebispo metropolitano de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa. Ao Campo Grande News, ele revelou que não prevê bons tempos, independente de Dilma Rousseff (PT) permanecer ou não na presidência da República.
“Partindo do pressuposto que a presidente continue, certamente ela terá pouquíssima força para governar. Se for afastada, a nova administração terá apenas dois anos para correr atrás de soluções”, lamenta Dimas.
Para o religioso, não há motivos para alegria, pelo contrário, o cenário atual incita profunda reflexão. “O País está parado e o mundo inteiro está de olho no Brasil. Agora, precisamos pensar por que chegamos nesse ponto e, sobretudo, o como vai ser daqui para frente“, acrescentou.
A grande dúvida, segundo Dimas, é se o novo presidente terá condições de encabeçar uma conciliação, um pacto nacional. “Essa é uma pergunta que preocupa a todos”, ponderou.
“Nós precisamos de muitas virtudes e orar pelos governantes nestes momentos decisivos na história do país“, finalizou o arcebispo, citando ainda a incerteza de quem será o próximo presidente e qual será a reação daqueles que perderem a disputa.
As declarações foram dadas ao fim de audiência pública esta manhã que debateu questões referentes ao acesso ao saneamento básico, água potável e destino do lixo, que são temas da Campanha da Fraternidade 2016.