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Política

Nem pandemia deve acabar com tradição de cabos eleitorais durante campanha

Líderanças citam restrições em relação a reuniões, eventos públicos e aglomerações

Leonardo Rocha | 08/07/2020 12:22
Campanha com cabos eleitorais em 2012, na Rua 14 de Julho, em Campo Grande (Foto: Arquivo)
Campanha com cabos eleitorais em 2012, na Rua 14 de Julho, em Campo Grande (Foto: Arquivo)

Em função da pandemia de coronavírus, os partidos acreditam que haverá uma redução considerável na contratação de cabos eleitorais, durante campanha deste ano, em Campo Grande, mas não vai acabar. Entre os motivos estão as restrições em relação a reuniões, eventos nas ruas e aglomerações de pessoas.

Para os líderes partidários se trata de uma “campanha atípica”, com mudança de datas e ações que precisam levar em conta a saúde pública. Eles acreditam que o reforço será na contratação de pessoas para atuar nas redes sociais, que ganham um peso maior no pleito eleitoral.

“Acredito que vai reduzir (contratações) nesta campanha, que será a mais diferente da história, já que hoje por exemplo é impossível fazer uniões e eventos com muitas pessoas, devido as medidas de segurança”, citou o deputado Márcio Fernandes (MDB), pré-candidato a prefeito.

O presidente municipal do MDB, Ulisses Rocha, disse que poderá ter contratação de cabos (eleitorais) que irão atuar nas redes sociais. “Eles vão fazer o trabalho de campanha com os contatos do seu bairro e região na internet, pode ser um novo modelo”.

Para Agamenon do Prado, presidente municipal do PT, vai se contratar menos neste ano, em função das restrições. “Nós vamos seguir as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde), ficando refém da pandemia, por isso não temos ainda noção da estrutura de campanha”. Ele admitiu que haverá contratações, mas elas devem ser reduzidas a alguns campos de atuação.

Campanha – O presidente municipal do PSD, Antônio Lacerda, revelou que a legenda ainda não definiu estas questões práticas da campanha, estando no momento apenas orientando os pré-candidatos a vereador. “Se trata de uma campanha atípica, até na hora de contratar será diferente, já que pouca coisa vai funcionar. Confesso que não começamos nem a pré-campanha”.

Já no ninho tucano, se não tiver candidato a prefeito (Capital), caberá apenas aos candidatos a vereador fazer suas contratações de cabos eleitorais. “Será de acordo com o teto legal e a capacidade financeira a disposição de cada um deles”, explicou o presidente municipal do PSDB, o vereador João César Mattogrosso.

Com as mudanças no calendário eleitoral, as convenções vão ocorrer de 31 de agosto a 16 de setembro e a eleição está marcada para 15 de novembro. Nas cidades que tiverem segundo turno, o pleito será em 29 de novembro.

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