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Política

No lugar de Marun na Câmara, Fábio Trad estuda disputar reeleição em 2018

Trad é suplente de Marun, que tomará posse como ministro da Secretaria de Governo

Osvaldo Júnior | 10/12/2017 14:23
Fábio Trad atuando como advogado em júri no dia 24 de novembro (Foto: André Bittar)
Fábio Trad atuando como advogado em júri no dia 24 de novembro (Foto: André Bittar)

Depois de quase três anos sem exercer cargo político, Fábio Trad (PSD) vislumbra novo cenário com a possibilidade de disputar vaga na Câmara Federal nas eleições de 2018. O projeto, ainda em análise, foi impulsionado pelo quadro inaugurado na legenda com a saída de Carlos Marun do Legislativo para ser ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República.

Fábio Trad é suplente de Marun, que toma posse nesta semana, depois de convite feito pelo presidente Michel Temer (PMDB) para assumir a cadeira antes ocupada por Antônio Imbassahy (PSDB/BA). A saída de Imbassahy está ligada ao processo de afastamento tucano da gestão de Temer.

“Tenho 30 dias para assumir”, disse Trad. Ele fez as contas e concluiu que terá pouco tempo de trabalho na Câmara Federal, por ser 2018 um ano atípico. “Serão apenas três meses consecutivos de legislatura”, calculou.

Ele observa que, além das datas sazonais, como o Carnaval, 2018 será marcado também por campanha eleitoral e Copa do Mundo. Isso pesa na decisão de Fábio Trad, segundo disse, de disputar a reeleição para deputado federal.

“Depois de 2014, retomei a advocacia e estou com uma boa clientela”, afirmou Trad, indicando que o momento profissional colocaria em segundo plano eventual projeto de retorno à vida pública.

No entanto, com Marun ministro, o quadro é outro. “Não estou decidido, mas, em virtude dessa mudança, pode ser que eu me candidate à reeleição”, considerou.

Prioridade – Na Câmara Federal, Fábio Trad quer se dedicar, sobretudo, a aprovações do novo Código Penal e do Código de Processo Penal. “São projetos fundamentais para o País”, defendeu o pessedista, enfatizando que a segurança pública é uma das questões nacionais mais importantes.

Com mandato de um ano, sofrendo as interrupções das eleições e de Copa do Mundo, entre outros eventos, Trad teria pouco tempo para contribuir com os debates sofre as mudanças nos dois códigos, conforme alegou. Essa situação pode impulsioná-lo a colocar seu nome à disposição do PSD para a disputa de uma das vagas na Câmara Federal.

Carlos Marun entregará o relatório da CPI da JBS e, depois, assume o cargo de ministro (Foto: Divulgação)
Carlos Marun entregará o relatório da CPI da JBS e, depois, assume o cargo de ministro (Foto: Divulgação)

Novo ministro – Quanto à Marun, um dos principais políticos da “tropa de choque” do presidente Temer, a prioridade será na articulação para aprovação de projetos considerados fundamentais pelo governo federal. Entre eles, destaca-se a Reforma da Previdência.

Neste domingo, o peemedista viajou com Temer para a Argentina, onde participam da 11ª Reunião Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio). 

De volta ao Brasil, ainda na condição de deputado federal, Marun deve entregar, na terça-feira (dia 12) o relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga irregularidades da JBS. Esse será seu último compromisso como parlamentar. Depois tomará posse como ministro de Temer.

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