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Política

Novidade na campanha, vaquinha virtual rende pouco para candidatos

Apenas quatro candidatos ao governo arrecadaram até o momento, somando juntos R$ 12,7 mil em doações

Leonardo Rocha | 09/09/2018 09:49
Candidato Humberto Amaducci (PT) foi o que mais arrecadou (Foto: Arquivo)
Candidato Humberto Amaducci (PT) foi o que mais arrecadou (Foto: Arquivo)

Novidade nesta eleição, a chamada “vaquinha virtual” teve pouco resultado para os candidatos ao governo. Quatro deles conseguiram arrecadar até agora R$ 12.747,00, sendo que dois postulantes ao cargo sequer tentaram receber estas doações. Uma das avaliações é que a população ainda não compreendeu o modelo e que as próximas edições podem ter resultados melhores.

A vaquinha virtual, também chamado de financiamento coletivo, é uma forma do eleitor contribuir com seu candidato, por meio de doação pela internet, seguindo as regras da Justiça Eleitoral. O limite diário (doação) é de R$ 1064,00. Também não pode superar 10% da renda bruta que a pessoa obteve em 2017.

Quem mais arrecadou no Estado foi Humberto Amaducci (PT), que recebeu R$ 5.565,00. O segundo em doações foi o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT), que obteve R$ 4.968,00. Já o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) conseguiu arrecadar até o momento R$ 1.214,00. Fechando o grupo aparece João Alfredo (PSOL), com apenas R$ 1 mil.

O candidato Marcelo Bluma (PV) explicou que pretende utilizar o novo modelo na reta final de campanha. “Não consegui colocar no ar, mas tenho objetivo de utilizar até para testar. Já percebemos que para esta primeira eleição, os candidatos não tiveram bons resultados, até porque o brasileiro ainda não está acostumado”, explicou.

Já Junior Mochi (MDB) confirmou que não quis utilizar o modelo nesta eleição, apostando nos métodos tradicionais, como as doações de pessoas físicas e a contribuição e ajuda do partido. A direção estadual do MDB até pensou na possibilidade, mas depois resolveu esperar as próximas campanhas.

Novidade na eleição, a vaquinha virtual ainda não atingiu os eleitores (Foto: Arquivo)
Novidade na eleição, a vaquinha virtual ainda não atingiu os eleitores (Foto: Arquivo)

Demais – O novo modelo também não animou muito os candidatos a deputado estadual e federal, já que a maioria também preferiu seguir as arrecadações tradicionais, ao justificarem que a população não está acostumada com estas doações e que só depois de muita compreensão poderia começar a funcionar.

Eles alegam que a vaquinha social, assim como o "fundo eleitoral", aprovado para este pleito, precisa de uma orientação mais clara aos eleitores e que nas próximas campanhas este cenário pode modificar, assim como já ocorrem em países como os Estados Unidos.

Para utilizar das “vaquinhas virtuais”, os candidatos precisam contratar uma empresa para prestar este serviço, sendo que esta precisa se cadastrar no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As instituições devem divulgar a lista de todos os doadores e as quantias repassadas.

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