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Política

O que prometem os candidatos para atender uma capital sem pediatras

Esta é a terceira parte da série de cinco reportagens

Mayara Bueno e Ricardo Campos Jr. | 02/09/2016 17:18
Logo após a inauguração, a UPA Moreninha já foi alvo de reclamação por falta de médico. (Foto: Marcos Ermínio).
Logo após a inauguração, a UPA Moreninha já foi alvo de reclamação por falta de médico. (Foto: Marcos Ermínio).

Constante reclamação de pais e mães, a falta de pediatras nos postos de saúde é um problema crônico que dura anos em Campo Grande. Por isso, é tema da terceira pergunta da série de reportagens sobre as propostas dos candidatos a prefeito a respeito de questões que parecem insolúveis na Capital.

Somente este ano, o Campo Grande News relatou e registrou diversas reclamações sobre a falta do profissional nas unidades de saúde da Moreninhas e Vila Almeida, regiões opostas da Capital. Abaixo, as respostas dos candidatos sobre a situação.

O candidato do PSTU, Suél Ferranti, afirma que a prioridade do partido é suspender o pagamento das dívidas interna e externa para poder destinar percentual maior para a saúde, por exemplo.

Além disso, após a formação de conselhos populares, a ideia é criar mais cargos de profissionais de saúde, principalmente pediatras. A intenção do candidato é valorizar o médico, por meio da remuneração e condições dignas de trabalho.

Defendendo que há médicos “acima do ideal”, com 1,2 mil na rede municipal, Marcos Trad, candidato a prefeito do PSD, tem a proposta de motivar os servidores públicos, valorizando-os por meio de um plano de cargos e carreira, além de conceder condições “dignas de trabalho” com instalações reformadas, estoques de remédios e instrumentos de trabalho.

Marquinhos também fala de possíveis contratações somente nas especialidades médicas mais demandadas, como pediatras. Ao mesmo tempo, a ideia é expandir a cobertura de atendimento para 100% da cidade, transformando os postos em clínicas da família.

Carlos Alberto David dos Santos (PSC) promete uma “varredura” nos cargos comissionados, de forma a permitir melhor remuneração dos profissionais de saúde e contratar mais médicos. A ideia é melhorar a qualidade de atendimento e solução da enfermidade para evitar a superlotação.

Também apostando em valorizar os servidores para melhorar o atendimento, Alex do PT, quer criar um plano de cargo e carreira e estabelecer como diretor de unidade somente servidores concursados. Saúde preventiva e atenção básica serão priorizados por ele, para reduzir a demanda nas UPAs. Já uma solução definitiva para o setor será debatida com Sindicato dos Médicos e o Conselho Municipal de Saúde.

Leitor flagra superlotação e falta de médicos na UPA da Vila Almeida. (Foto: Direto das Ruas).
Leitor flagra superlotação e falta de médicos na UPA da Vila Almeida. (Foto: Direto das Ruas).

Candidato do PPS, Athayde Nery, pretende firmar alianças com as universidades que oferecem o curso de Medicina, para que os acadêmicos e recém-formados sejam estimulados a atender a demanda da pediatria. Também buscará contato com o CRM (Conselho Regional de Medicina) e o sindicato dos profissionais.

Marcelo Bluma, do PV, quer contratar mais médicos em caráter emergencial para suprir a carência atual. Em paralelo, preparar um processo de seleção para contratar mais profissionais.

O candidato a prefeito do PRTB, Adalton Garcia, diz que a saúde será sua “prioridade máxima”. A proposta é criar uma central de atendimento 24 horas, para obter informações sobre todas as unidades de saúde e hospitais. Prevê também parcerias públicas privadas com instituições de saúde.

Elizeu Amarilha (PSDC) quer focar na valorização do médico e investir no quadro atual de profissionais. Rosana Santos (PSOL) propõe equiparação salarial dos médicos daqui em relação a outras capitais brasileiras e plano de cargo e carreira. Investir em educação em saúde e aumento de UBS com terceiro turno, para desafogar as UPAs.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com todos os candidatos. Não mandaram a resposta até o horário estipulado: Alcides Bernal (PP), Aroldo Figueiró (PTN), José Flávio Arce (PCO), Lauro Davi (PROS) e Pedro Pedrossian Filho (PMB).

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