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Capital

Pacientes reclamam de falta de médicos em UPA aberta há menos de uma semana

Ricardo Campos Jr. | 15/04/2016 12:41
Única reclamação de Joyce foi a falta de pediatras nesta sexta (Foto: Alan Nantes)
Única reclamação de Joyce foi a falta de pediatras nesta sexta (Foto: Alan Nantes)

Menos de uma semana após a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon já começaram a aparecer as reclamações de falta de médicos. A assistente social Alessandra Rosa do Carmo, 44 anos, acompanhou o inquilino com sintomas de zika vírus nessa quinta-feira (14) no local e diz que após uma manhã sem profissionais, havia somente um clínico geral durante a tarde, enquanto a recepção estava lotada.

"De manhã ele foi na UPA, fez a ficha e ficou esperando. A médica foi chegar depois", relata a assistente social.

Cansado de aguardar a consulta, o homem voltou para casa e contou a Alessandra o que havia acontecido. Ela o convenceu a retornar à unidade e o acompanhou. Ao chegar, constatou que realmente só havia uma pessoa atendendo.

"As meninas do 'posso ajudar', que começaram a trabalhar agora na unidade estavam assustadas, porque as pessoas estavam nervosas", relata Alessandra.

Ela questiona as propagandas e reportagens sobre a UPA divulgadas no começo da semana, quando houve a inauguração, pois segundo ela está errada a mensagem de que o local "é uma maravilha", já que está sem médicos logo na primeira semana de funcionamento.

Nesta sexta o Campo Grande News esteve no local e o atendimento estava sendo feito normalmente. Os pacientes contam que o atendimento foi rápido. "Estou achando muito bom, apesar de ser a primeira vez que estou vindo", diz Itagilda Alvarenga da Silva, 50 anos.

Ela chegou 3h da manhã com a mãe de 76 anos que tinha vômito e febre. A idosa foi atendida prontamente, segundo a acompanhante, e ficou internada durante toda a manhã.

A única reclamação era com relação ao atendimento pediátrico. Joyce Carla Raldes, 23 anos, levou o filho de 4 anos ao posto com vômito, febre, diarreia e um inchaço no pescoço, mas não havia especialistas para atendê-lo. Orientada pelas recepcionistas, ela ligou no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e descobriu que só havia médicos para consultar crianças na Vila Almeida e Coronel Antonino.

Sem carro, e por não querer levar a criança de ônibus até os bairros distantes, ela voltou para casa e vai retornar à UPA à noite, quando há previsão de pediatras no local. "Acho que elas poderiam ter me falado onde tinham pediatras, mas fora isso o atendimento parece ser bom, as pessoas que estão vindo aqui estão sendo atendidas rápido", afirma.

O Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura, que afirmou que haviam três clínicos gerais escalados para o período da manhã e da tarde no local, que também recebeu o reforço de profissionais da equipe móvel, sendo três médicos no período matutino e dois no vespertino.

*matéria atualizada para acréscimo da resposta dada pela prefeitura, às 20h

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