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Política

Oposição crê em ampliação e prevê 23 votos pela cassação de Bernal

Josemil Arruda | 24/12/2013 09:16
Saraiva crê que Jamal e Pedra ainda votam pela cassação de Bernal (Foto: arquivo)
Saraiva crê que Jamal e Pedra ainda votam pela cassação de Bernal (Foto: arquivo)

O líder da oposição na Câmara de Campo Grande, vereador Airton Saraiva (DEM), acredita que a bancada de oposição não só terá votos suficientes para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP), como até ampliará a margem em relação à abertura do processo, no dia 15 de outubro. “Acho que já temos 23 votos. Aumentamos o nosso percentual. Tinhamos 21 na abertura e agora a oposição trabalha com 23 vereadores”, afirmou o democrata.

A conta de Airton Saraiva leva em consideração que mesmo vereadores que aderiram ou estão prestes a integrar a base de apoio de Bernal também votarão a favor da cassação. Para o líder oposicionista, apesar de Jamal Salém (PR) e Paulo Pedra (PDT) terem sido beneficiados com nomeações para o primeiro escalão da Prefeitura de Campo Grande vão manter o mesmo voto que deram há pouco mais de dois meses pela criação da Comissão Processante.

Quanto a Jamal Salém, o vereador Saraiva vê clara disposição do colega em votar pela cassação de Bernal. “Jamal tem falado que está firme conosco. Ele disse que a escolha da Lillian para o IMPCG não foi indicação direta. Foi só referencial, um nome apontado. Se comprometeu a votar conosco”, declarou.

Ontem, o próprio Paulo Pedra garantiu que não há vinculação entre o fato de passar a integrar a base de Bernal e o voto que dará no julgamento do prefeito, na semana que vem. Saraiva acredita nisso. “Teve aí a indicação do PDT, mas isso não quer dizer que o Paulo possa votar com ele (Alcides Bernal) no julgamento”, ponderou o oposicionista.
Para Airton Saraiva, Bernal acabou usando pouco a “caneta” e não conseguiu reverter a tendência de votação pela cassação de seu mandato. “Não teve novidade grande de várias nomeações”, apontou.

Ao contrário de Saraiva, o secretário municipal de Governo, Pedro Chaves, considera que a base de apoio de Bernal na Câmara já conta com 12 vereadores e pode chegar a 16. Na contabilidade política dele, além dos oito vereadores que votaram contra a criação da Comissão Processante, em 15 de outubro, já aderiram à base os vereadores Jamal Salém, Paulo Pedra, Edson Shimabukuru (PTB) e Alceu Bueno (PSL).

Edson Schimabukuru, porém, ainda não foi contemplado na indicação que fez para a Agência Municipal de Trânsito (Agetran). Ele havia indicado o engenheiro Jean Saliba para o lugar de Kátia Castilho. “Acho que teve um descompasso aí. Estamos acreditando que emperrou, que o Shimabukuru não entrou em acordo”, opinou Saraiva.

Apesar de o julgamento de Bernal estar previsto para o dia 30 de dezembro, em meio ao período de festas de fim de ano, com muita gente viajando, o líder da oposição na Câmara não acredita que haverá ausência de vereadores. “Alguns não estão em Campo Grande, estão viajando, mas já estamos preparados para buscá-los na hora certa, onde quer que estejam”, informou.

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