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Política

Pastores querem entrar em comitês que definem decretos da covid no Estado

Conselho e seus representantes frisam que igrejas são parceiras no combate ao novo coronavírus

Nyelder Rodrigues | 06/01/2021 17:03
Pastores em reunião com o prefeito Marquinhos Trad (Foto: Reprodução/Instagram)
Pastores em reunião com o prefeito Marquinhos Trad (Foto: Reprodução/Instagram)

Pastores de Campo Grande se unirem para dois encontros, ontem e hoje (6), com o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) e o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) para cobrar voz nas decisões sobre a covid-19. Os líderes religiosos pedem para participar das decisões relativas aos decretos.

Na terça-feira (5), os pastores se encontraram com Marquinhos, o novo presidente da Câmara Municipal, vereador Carlão (PSB), e os secretários municipais de Saúde, José Mauro Filho, e Segurança, Valério Azambuja. Também esteve no encontro, na igreja Sara Nossa Terra, o deputado estadual Herculano Borges (Solidariedade).

Durante a reunião, foram expostas a opiniões de cada líder participante e as ideias do grupo. "Todos nos receberam muito bem e nos ouviram. Ontem mesmo o prefeito nos garantiu que vamos poder ter um representante no comitê", explica o presidente do Conselho de Pastores de Campo Grande, Ronaldo Leite.

Já nesta quarta-feira, no período vespertino, a conversa foi com Reinaldo. "Já no Estado o governador foi bastante solícito, mas ficou de ver a possibilidade dessa participação e como ela pode ocorrer", explica o pastor.

Ronaldo frisa que as igrejas têm conhecimento do cenário da covid-19 e da importância das medidas de contenção, atuando como parceira dos órgãos públicos nessa questão, já que exercem funções acessórias muitas vezes não supridas pelo poder público.

"Há pessoas perdendo o emprego e que nos procuram. Ajudamos, não só espiritualmente. Há grupos que apoiam essas pessoas nesse período difícil. Auxiliamos também as pessoas da terceira idade, os que estão em depressão, com crises de ansiedade", comenta.

Na mesa durante a reunião, pastor Ronaldo, Wilton (microfone), Marquinhos, Herculano e Carlão (Foto: Reprodução/Instagram)
Na mesa durante a reunião, pastor Ronaldo, Wilton (microfone), Marquinhos, Herculano e Carlão (Foto: Reprodução/Instagram)

Apoio - Leite ainda aponta que o pedido para participar dos comitês que decidem sobre os decretos com as regras sobre aglomerações e fluxo de pessoas durante à pandemia de covid-19 é uma forma de demonstrar que as igrejas não são inimigas nessa causa.

"Obedecemos todas as normas, com aplicação do devido distanciamento durante os cultos, uso obrigatório de máscaras e todo o resto do protocolo", diz Ronaldo. Além de entidades públicas, como secretarias, promotorias e outros semelhantes, o comitê municipal atualmente conta com participação de representantes do comércio.

Outro participante do encontro foi Wilton Acosta, liderança religiosa conhecida também por sua atuação na política eleitoral. "Em breve também devemos nos reunir com o Ministério Público. Somos uma atividade considerada essencial e, por isso, reivindicamos nossa participação nos comitês que decidem sobre o funcionamento da sociedade".

No fim de 2020, em plena curva ascendente de aumento de casos de covid-19 em Campo Grande, o conselho foi quem recomendou aos pastores que não realizassem cultos de Natal para evitar a proliferação da doença. Em contraponto, foi o mesmo grupo que pediu para derrubar a limitação de 80 pessoas nas igrejas, fixando-a em 40% do total.

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