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Política

Petista pede troca de palavra e adia votação da reforma administrativa

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 07/03/2017 11:59
O deputado Amarildo Cruz disse que a palavra minoria colabora com a tese de que não existe racismo no Brasil (Foto: Comunicação/AL)
O deputado Amarildo Cruz disse que a palavra minoria colabora com a tese de que não existe racismo no Brasil (Foto: Comunicação/AL)

Antes prevista para esta terça-feira (7), ficou para amanhã a votação do projeto de reforma administrativa do Governo do Estado na Assembleia Legislativa. Isso porque, de última hora, o deputado Amarildo Cruz (PT) apresentou uma emenda em que pede a substituição da palavra “minoria” por “grupo” no artigo que se refere à Secretaria Estadual de Cultura e Cidadania.

No texto do projeto, o artigo fala em “coordenação, fiscalização e execução da política de defesa dos direitos das minorias étnico-raciais”. Pela emenda proposta por Amarildo Cruz, o texto original deve ser substituído por “coordenação, fiscalização e execução da politica de defesa dos direitos dos grupos étnico-raciais”.

“A palavra minoria colabora com a tese de que não existe racismo no Brasil, e todos nós sabemos o quanto o Brasil é um país racista”, justificou o deputado Amarildo Cruz.

Por conta disso, o projeto não pode ser apresentado em Plenário nesta terça-feira para ser apreciado em primeira votação, porque antes a emenda terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça.

Acordo lideranças para que a matéria seja aprovada em regime de urgência prevê que a emenda do deputado petista será analisada pela CCJ nesta quarta-feira, e imediatamente encaminhada para a primeira votação. Se isso acontecer, tudo indica que a reforma administrativa entre em segunda votação já na quinta-feira, dia 9.

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