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Política

PGR pede abertura de 2 inquéritos contra Vander por corrupção na Petrobras

Deputado é acusado de cobrar propina em processos para contratação de empresa e de construção de navios

Humberto Marques | 28/07/2019 10:12
Vander foi acusado de cobrar propinas em contratos da Petrobras. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Vander foi acusado de cobrar propinas em contratos da Petrobras. (Foto: Divulgação/Assessoria)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal pedido para abertura de dois inquéritos contra o deputado federal Vander Loubet (PT). Assinados pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, os processos visam a verificar a ocorrência de crime de corrupção passiva que teriam sido cometidos pelo parlamentar sul-mato-grossense e foram abertos a partir de depoimentos de colaboradores, tratando de fatos envolvendo a Petrobras.

Não são as primeiras denúncias movidas pela PGR contra Vander sob a mesma acusação. Em março, a Procuradoria reiterou pedido de condenação contra o parlamentar federal

A abertura dos inquéritos foi divulgada pela assessoria da PGR. Em um dos casos, Vander é suspeito de solicitar o pagamento de vantagem indevida para atuar no processo de contratação, por parte da Petrobras, de uma empresa dos Estados Unidos para fornecimento de asfalto.

Na outra denúncia, o deputado federal é acusado de cobrar para interferir na participação em concorrência internacional para construção e afretamento de embarcações PLSV (Pipe Layer Supply Vessel) para a Petrobras –Vander foi denunciado ao lado de mais dez pessoas.

Via assessoria, o deputado e seus advogados afirmam desconhecer as acusações, “bem como o teor da peça elaborada, de maneira que não há como comentar a respeito”. A nota, porém, destaca que Vander “está à disposição da Justiça para elucidar quaisquer fatos que sejam necessários”.

Raquel Dodge também denunciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por fatos semelhantes, narrados por colaboradores da PGR. Depoimentos indicam que o senador teria pedido vantagem indevida para contratação de empresa para montar e operar centros de defesa ambiental em bases operacionais da Transpetro.

Reiterado – Em março, Dodge reiterou pedido de condenação de Vander, de seu cunhado, Ademar Chagas, e de Pedro Bergamaschi por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com pagamento de multa e indenização, bem como a perda do mandato do deputado federal e de seus direitos políticos –e sua prisão.

Vander foi acusado de receber R$ 1,02 milhão por meio do doleiro Alberto Yousseff entre 2012 e 2014, em 11 pagamentos em espécie e depósitos bancários, de forma a impedir rastreamento pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). A procuradora-geral apontou na ação que a distribuição de cargos federais, incluindo diretores da BR Distribuidora, funcionava como instrumento para arrecadação de propinas.

Os denunciados negam as acusações –Vander sustentou nulidade em interceptações de mensagens usadas nas apurações e da própria investigação, alicerçada em delações premiadas, “ilações e suposições, em provas precárias, bem como em dados bancários errôneos”.

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