PMDB faz pressão, mas deve continuar na base de Gilmar Olarte
Por mais que tente se desvincular do prefeito Gilmar Olarte (PP), o PMDB não pretende deixar a base aliada na Câmara Municipal de Campo Grande. Os sete vereadores do partido remarcaram, para a próxima segunda-feira (2), reunião que pode definir conduta frente as falhas da administração progressista que dizem não pertencer.
O líder da bancada, vereador Vanderlei Cabeludo, ressaltou que mesmo não participando em secretarias a sigla pode contribuir com ideias coerentes para ajudar o prefeito a “delegar um pouco do poder” e fazer com que os projetos saiam efetivamente do papel. “Não adianta tacar pedra sem demonstrar apoio pela cidade. Tivemos tolerância com o ex-prefeito [Alcides Bernal], mas isso terá um prazo”.
Carla Stephanini, por sua vez, se pauta pela cautela de não deixar as críticas de lado para que “não se atribua incompetência ou conivência” aos parlamentares diante do processo de deteriorização que a Capital vivencia. Ela ainda observa que diálogo, ação, austeridade e controle são fundamentais no processo.
“Não queremos estar no governo Gilmar Olarte, mas sim que ele dê certo. Se isso ocorrer Campo Grande também dá certo. Vamos continuar cobrando e se ele quiser ajuda para mudar alguns personagens que não estão dando resultado vai ter nosso apoio”, reforça Mario Cesar, que preside a Casa de Leis.
Paulo Siufi e Magali Picarelli também deixam claro que ser base não é usar “cabresto”, uma vez que o apoio ocorre em via dupla com atendimento de secretários e transparência no acesso aos dados da Prefeitura, o que hoje não estaria ocorrendo em sua totalidade.
Neste contexto, Edil Albuquerque ainda precisa pacificar o fato de ter sido escolhido líder do prefeito e ter forte influência, direta ou indiretamente, no funcionamento da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio). Isso porque esta é uma das principais divergências do discurso peemedebista de não participação na gestão Olarte.