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Política

Polícia Federal prossegue com investigação e já ouviu João Amorim

Paulo Yafusso | 15/09/2015 18:24
Empreiteiro João Amorim deixa a sede da PF no dia da Operação Lama Asfáltica. Ele voltou à PF, para prestar depoimento (Foto: Marcos Ermínio)
Empreiteiro João Amorim deixa a sede da PF no dia da Operação Lama Asfáltica. Ele voltou à PF, para prestar depoimento (Foto: Marcos Ermínio)

Mesmo sem ainda concluir a perícia no material apreendido durante a Operação Lama Asfáltica, deflagrada no último dia 9 de julho, a Polícia Federal já vem colhendo o depoimento dos alvos da ação. Há pouco mais de uma semana, prestou depoimento o empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco, e apontado pela investigação como operador do esquema de desvio de recursos públicos federais, por meio de fraudes em licitações e corrupção de servidores estaduais.

A Polícia Federal não libera nenhuma informação sobre os depoimentos, mas o Campo Grande News apurou que João Amorim esteve na sede da PF acompanhado de advogado e foi ouvido pela equipe que investiga o caso. O dono da Egelte, Egídio Comin, teria sido ouvido dias antes. A empresa dele é a que venceu licitação para a construção do Aquário do Pantanal e, de acordo com o que foi apurado pela Federal, foi pressionada pelo Governo do Estado, na administração anterior, a subempreitar a obra para a Proteco.

A Operação – Durante a operação realizada no dia 9 de julho, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas sedes de empresas, nas casas do empreiteiro João Amorim e do ex-secretário de Obras, Edson Giroto, e na Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos), no Parque dos Poderes.

Todo o material apreendido, que ocupou quatro caminhonetes, foi levado para a sede da Polícia Federal, onde peritos da PF e técnicos da CGU (Controladoria Geral da União) estão analisando os documentos e computadores. A previsão é de que esse trabalho seja concluído próximo do final do ano.

Durante a Operação Lama Asfáltica também foram apreendidos R$ 210 mil em espécie, R$ 195 mil em cheques, US$ 100 mil em notas e 3 mil euros. Tudo foi depositado em uma conta judicial, até que o inquérito seja concluído. O Campo Grande News tentou conversar com os empresários João Amorim e Egídio Comin. Na Proteco, a informação é de que Amorim não está. Já na Egelte, a secretária disse que Egídio Comin está em viagem, visitando obras e se retorna na sexta-feira.

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