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Política

Polícia flagra compra de voto e van trazendo eleitores do PR para Tacuru

Anahi Zurutuza | 04/06/2017 11:10
Eleitor confirmando voto na urna eletrônica; neste domingo, ato será praticado por 7 mil eleitores em Tacuru (Foto: TSE/Divulgação)
Eleitor confirmando voto na urna eletrônica; neste domingo, ato será praticado por 7 mil eleitores em Tacuru (Foto: TSE/Divulgação)

Na véspera das eleições suplementares para prefeito de Tacuru – a 427 km de Campo Grande – força-tarefa formada por policiais militares e civis da cidade e servidores da Justiça Eleitoral atenderam a duas ocorrências de corrupção eleitoral. Neste sábado (3), uma equipe flagrou um homem com anotações que seriam o controle da compra de votos e mais à noite uma van que fazia o transporte ilegal de eleitores foi parada.

Por volta das 20h de ontem, após denúncia de crime eleitoral, policiais abordaram a van que trazia pessoas do Paraná para votar em Tacuru. O condutor do veículo, que estava parado em uma estrada na entrada da cidade, afirmou que havia sido contratado por Anatália Garcia para buscar os eleitores e voltar à cidade onde neste domingo (4), 7 mil vão às urnas para escolher o novo prefeito.

De início, Anatália disse que havia contratado a van para trazer parentes dela para a cidade. A polícia checou e constatou que realmente dois passageiros eram da família da mulher. Mas, outro ocupante do veículo confessou que havia recebido dinheiro para votar neste domingo.

O condutor da van, Anatália e os dois familiares dela foram detidos.

Conforme consta no boletim de ocorrência, Thiago Wilhan Garcia Gomes e Luiz Fernando Garcia se exaltaram e tentaram agredir os policiais. Eles foram presos, portanto, pelo desacato.

Compra de voto – Também neste sábado, funcionários da Carreta da Justiça, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o juiz eleitoral da cidade e policiais abordaram duas caminhonetes Toyota Hilux que estariam sendo usadas por equipes que compravam votos para um dos candidatos a prefeito.

Um homem identificado como Claudinei Luiz Bucioli, de 46 anos, estava com um caderno de anotações de pagamentos para eleitores que colocaram adesivos em seus carros, receberam cestas básicas e a promessa de emprego na prefeitura, conforme o boletim de ocorrência. Ele foi detido.

Eleição – A eleição suplementar acontece hoje devido ao indeferimento do pedido de candidatura da chapa encabeçada por Claudio Rocha Barcelos, o Dr. Claudio (PR), justamente por captação ilícita de votos.

Claudio teve o registro negado, mas seguiu no pleito, pois tinha recurso em tramitação. Porém, decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) depois das eleições, realizadas em outubro do ano passado, tornou definitivo o indeferimento.

Com isso, os votos foram anulados, sendo marcada uma nova eleição.

Em janeiro deste ano, a prefeitura de Tacuru foi assumida pelo vereador Paulo Mello (PP), que era presidente da Câmara Municipal.

Agora, concorrem ao cargo o próprio Paulo Mello e ex-vereador Carlos Pelegrini (PMDB), que perdeu a disputa para Claudio em outubro de 2016.

A votação transcorre com tranquilidade nesta manhã, segundo o chefe do cartório da 25ª Zona Eleitoral de Mato Grosso do Sul, Romeu Soares da Costa Filiú. Nenhum ocorrência foi registrada até às 10h de hoje.

A estimativa dos funcionários da Justiça Eleitoral é que até às 18h a apuração dos votos esteja concluída.

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