Prefeito faz romaria em busca de R$ 30 milhões e liberação do tapa-buraco
Em busca de liberação de recursos e da licitação do tapa-buraco, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), faz romaria nesta quarta-feira (dia 14) no Poder Judiciário.
Às 10h, ele vai ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Groso do Sul). “Vou em busca do recurso dos depósitos judicais, requeridos há mais de 20 dias. São em torno de R$ 30 milhões. Pedir pelo amor de Deus para liberar esse dinheiro”, afirma.
O montante deve ser aplicado na previdência. “Quando o [Gilmar] Olarte e os vereadores tomaram de assalto a prefeitura, desapareceram com o dinheiro dos inativos. Mas pagamos o salário dos aposentados. Esse dinheiro dos depósitos judiciais vai aliviar a situação da prefeitura com relação à previdência, vai aliviar o Tesouro [municipal]”, diz.
O município enfrenta crise financeira e nem o pagamento do 13º salário dos servidores foi assegurado. As últimas medidas de busca de receita – como reajuste da tarifa do ônibus e cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) – foram suspensas pelo TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado).
O prefeito culpa a “quadrilha” da Coffee Break e o desconto mensal de 20% da receita de FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) para pagar a CG Solurb, responsável pela coleta do lixo na cidade.
Bernal afirma que o serviço custa no máximo R$ 5 milhões, mas que os descontos chegam a R$ 10 milhões, além de depósito mensal de R$ 4 milhões para a empresa na Justiça do Trabalho.
A operação Coffee Break, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), denunciou 24 pessoas por compra de votos para a cassação de Bernal. A denúncia ainda é avaliada pela Justiça.
Também durante a manhã, o prefeito quer se reunir com o juiz responsável pela decisão que suspendeu o serviço de tapa-buraco em Campo Grande.